Na foto a professora Iracy de Medeiros Chagas, seu pai Professor Aniceto e o filho caçula de Aniceto, Jornalista Djalma Marinho - Foto de Simone Chagas
Meu avô, Aniceto Alcino de Medeiros , nasceu em 1871, em Lamim –MG .Filho do professor e historiador João Francisco Medeiros que nasceu na mesma Lamim, em 1834, ele seguiu a carreira do pai e se tornou também professor formado e efetivo no Estado de Minas Gerais.
Na foto a professora Iracy de Medeiros Chagas, seu pai Professor Aniceto e o filho caçula de Aniceto, Jornalista Djalma Marinho – Foto de Simone Chagas
Politicamente independente, na eleição, nos tempos do voto aberto, votava contra a ordem dos coronéis das cidades em que lecionava e em razão disso vivia sendo transferido. Por isso atuou em várias cidade mineiras , inclusive em Juiz de Fora, onde ele faleceu em 1954.
Neste documento raro que achei da cidade de Alto do rio Doce consta o nome dele, entre as autoridades ( foto 2);
Filha também foi professora
A tradição da educação na família permaneceu com a filha de Aniceto Alcino ,Iracy de Medeiros Chagas , minha tia Cecy -que se formou na década de 20 e foi nomeada pelo Governo do Estado de Minas em 1929.
Na foto a professora Iracy de Medeiros Chagas, seu pai Professor Aniceto e o filho caçula de Aniceto, Jornalista Djalma Marinho – Foto de Simone Chagas
Meu tio Djalma de Medeiros , o menino aí da foto, teve muito prestígio durante os governos de Getulio Vargas, de quem foi amigo pessoal, pois foi tenente da Revolução de 30. Mas posteriormente sofreu muita perseguição na sua vida pessoal. Em 1952 ele fundou o Jornal O Combate que até hoje roda em Juiz de Fora, sob a direção do meu primo João Batista de Medeiros.
E a falta de reconhecimento continua
Morto, meu avô ganhou uma rua em Juiz de Fora com o seu nome. Recentemente, numa absoluta falta de respeito com ele e com a categoria de professores, a Câmara Municipal de Juiz de Fora mudou o nome da via. Tiraram o nome do professor e colocaram de uma Santa. Nada contra a santa, mas mudança desrespeita a história da cidade e portanto é totalmente injusta e injustificada.
Fica aí registrada nossa homenagem aos professores neste seu dia, com a boa história de um professor que nunca teve medo de enfrentar os poderosos do seu tempo e cuja injustiça contra ele e seu nome permanece até hoje na cidade que ele tanto amou e serviu, Juiz de Fora
