Jaime Jorge é um renomado músico cristão, conhecido por sua habilidade excepcional no violino. Ele nasceu em Cuba e, desde jovem, demonstrou um talento excepcional para a música. Sua fé cristã é uma parte fundamental de sua vida e influencia profundamente sua música, que é marcada por uma combinação única de técnica virtuosística e espiritualidade.
Jaime Jorge é reconhecido internacionalmente por suas performances emocionantes e inspiradoras, que cativam audiências de todas as idades. Sua música transcende barreiras culturais e religiosas, tocando os corações de pessoas ao redor do mundo.
Ao longo de sua carreira, Jaime Jorge recebeu diversos prêmios e honrarias por sua contribuição para a música sacra e sua habilidade excepcional no violino. Sua dedicação e paixão pela música são evidentes em cada nota que ele toca, e seu talento único o tornou uma figura icônica no cenário musical cristão.
Além de suas performances solo, Jaime Jorge também participou de diversos eventos musicais e religiosos ao redor do mundo, compartilhando sua música e sua mensagem de fé com públicos diversos. Sua presença nos palcos é sempre aguardada com grande expectativa, e seu impacto na música sacra é verdadeiramente notável.
P: Boa tarde Jaime, bem-vindo. Obrigado antecipadamente pela entrevista. Gostaria que você falasse sobre este projeto, como surgiu a ideia, em que conceitos se basearam e por que estrear aqui em Cuba?
J: Bem, obrigado pela entrevista. O projeto se chama Consixtencia porque somos seis membros originais. Como saí de Cuba tão jovem, aos dez anos, não conheço a música cubana. Para um músico clássico, esses ritmos são um pouco complicados. Então, eu ouço a música, aprecio, mas sinto que não a entendo muito bem. Então, falei com meu amigo, Alió González, e disse, vamos formar uma banda, um projeto aqui em Cuba. Ele me disse que conhece vários músicos, e aí começamos a montar o projeto e os membros para tocar principalmente música cubana, e música dos pais e dos grandes compositores e músicos cubanos como Lecuona, José María Vitier, Frank Fernández, e assim por diante. Começamos a adicionar outras coisas. Temos mais dois membros, como Samantha, a soprano, e outra jovem violinista, porque também surgiu a ideia de ajudar a desenvolver outros músicos mais jovens.
Há cerca de um ano atrás começamos a ensaiar. No início, esses ritmos, músicas e temas eram um grande desafio, mas agora estou tão feliz por começar a compartilhar e também a música. A música mais conhecida é a popular, então queremos dar ênfase à música clássica e à música folclórica para alcançar mais pessoas, para que não apenas ouçam merengue ou salsa, mas também a música clássica, que é muito rica, e a música folclórica cubana. Foi assim que essa ideia surgiu, cerca de um ano e meio atrás.
P: Quais instrumentos estão presentes neste projeto?
J: Temos percussão, teclado, piano, baixo elétrico e contrabaixo, violino, e adicionamos um par de vozes em uma das músicas que você ouviu, porque “La Bayamesa” é algo muito cubano, assim como “La Bella Cubana” que tocamos com dois violinos e piano, e assim por diante. Os membros básicos são seis: percussão, teclas, violino, baixo, piano e outro percussionista também.
P: Do ponto de vista musical, quais contribuições você poderia, do seu ponto de vista, imagino que seja difícil falar do seu próprio projeto, mas...?
J: Obrigado! Quais são as perspectivas, as contribuições? Bem, eu gostaria de levar esta música para o mundo inteiro como violinista e concertista de música clássica e música sacra, religiosa. Tive a oportunidade de viajar bastante ao redor do mundo e vejo que este tipo de música seria apreciado na Europa, na América do Sul, na África, na Ásia, na Austrália. O único lugar talvez não podemos levar seria a Antártica, mas os outros seis continentes com certeza.
meu desejo é compartilhar essa música e fazer com que Frank Fernández, José María Vitier sejam conhecidos mundialmente, Lecuona já é mais conhecido, mas ainda precisa ser promovido no âmbito latino-americano. O que eu quero é compartilhar isso com o mundo.
P: Vocês têm planos de apresentações em outros lugares que não sejam Cuba ou é algo que está começando e vão seguir por esse caminho?
J: Acredito que é importante nos consolidarmos aqui primeiro, e minha ideia é levar a banda para os Estados Unidos, fazer uma turnê por lá… E a partir daí usar como trampolim para ir a outros lugares, tenho contatos na Austrália, na Europa, na América Latina, especialmente no Brasil, que é um país onde as pessoas adoram música. Eu diria que Brasil e Cuba são dois dos países que têm uma riqueza musical como poucos no mundo inteiro, então, mesmo sendo meio novato neste projeto, quero me sentir muito confortável com tudo isso…
P: Em seus projetos, você sempre teve uma forte presença de música cristã, também a inclui aqui?
J: Não, por enquanto não, mas acredito que certamente poderá estar no futuro. A música é eminentemente espiritual, assim como física, emocional, então, com minha formação e trajetória, para mim, sim, em algum momento incluiremos sem dúvidas, porque é uma grande parte da minha vida e do que faço.
P: Alguma saudação ao povo do Brasil, aos seus colegas?
J: Nasci em Cuba, sou naturalizado nos EUA, amo o Brasil, o povo brasileiro, e é um grande prazer e alegria saber que esta entrevista será publicada no Brasil. Já estive no Brasil muitas vezes e é um dos países onde tive uma recepção maravilhosa. Já dei concertos em todo o país e espero visitá-lo novamente…
Entrevista com o violinista Jaime Jorge García, conduzida pela jornalista Maritza Rodríguez Cárdenas. Traduzida e editada por Silas Medina.