Cantinho da Priscila SiqueiraNotícias

O Milagre Silencioso dos Alcoólicos Anônimos

O copo e a garrafa escondida revela o porquê ela bebe em casa

Nem tudo que o Hemisfério Norte traz para nós, é ruim. Um exemplo disso é o AA- Alcoólicos Anônimos, que já salvou milhares de vidas brasileiras. O AA é uma organização quase invisível. Não é uma clínica, não usa dinheiro, não é um clube com carteirinha e não pretende ser infalível.

As raízes do movimento

Nos Estados Unidos, o AA tem 90 anos. Aqui no Brasil, 80. Em 1935, os estados unidenses Bill Wilson e Bob Smith, ambos querendo parar de beber, se encontraram e cada um deu apoio ao outro. Daí nasceu a proposta que sem outras drogas como os remédios, mas com a solidariedade de outras pessoas, o alcoólatra pode lagar a bebida.

A força da experiência compartilhada

A experiência do AA mostrou que mesmo estando “no fundo do poço”, uma pessoa poder ser recuperada se tiver apoio necessário. Seus frequentadores são estimulados a andarem com suas “próprias pernas” sem as muletas dos remédios. E o melhor: ficou evidente que o alcoolismo não é um desvio moral, como era então entendido, mas uma doença que pode ser tratada.

A chegada ao Brasil

Em 1945, o estado unidense Herb, diretor de arte de uma agencia, chegou na cidade do Rio de Janeiro e copiou a experiência do AA com outras pessoas que queriam parar de beber. Ele conhecia o AA de uma vivencia na cidade de Chicago. Logo o AA se espalhou por vários bairros da cidade e mesmo no Brasil.

Foi o famoso jornalista da Folha de São Paulo, Antônio Ruy Castro, o primeiro a livrar da bebida com a ajuda do AA, aqui no Brasil.

O novo desafio

O AA enfrenta agora um grande desafio: é o numeroso o caso de mulheres ingerindo bebidas alcoólicas. Esse é um caso difícil de ser detectado. Ao contrário do homem, a mulher ingere a bebida em casa e não em bares ou na rua, par se livrarem do estigma de serem “bêbedas”.

Priscila Siqueira

Jornalista Priscila Siqueira, Ponta Grossa (PR), 08/07/1939. Formação: Universidade do Brasil (RJ). Atuou na Folha de São Paulo, Estadão, Jornal da Tarde, Rádio Eldorado e Valeparaibano. Destacou-se por denunciar a expulsão dos caiçaras com a abertura da BR-101, tema de seu livro “Genocídio dos Caiçaras” (1984). Especializou-se em questões ambientais, cobrindo a Constituinte de 1988. Foi fundadora da SOS Mata Atlântica, do MOPRESS e presidiu a Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro. Participou do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, em Estocolmo (1996), promovido pela UNICEF e pela rainha Sílvia da Suécia. Foi professora nas Escolas : Normal de São Sebastião, Universidade Salesiana, e de Pós graduação na Fundação Escola de Sociologia e Política de SP na área de Sociologia

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11 Comentários

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