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A história da Pesca e da cultura tradiconal dos pescadores do Ipiranga em Caraguatatuba


Pescadora e historiadora formada , Edna do Espírito Santo de Assis fala sobre o tradicional reduto de pescadores de Caraguatatuba
Texto Pitágoras Bom Pastor
Edna do Espírito Santos Assis, como todo caiçara pescador que tem o peixe como seu principal alimento, tem uma memória privilegiada. Seu pai Dito Chico, aos 77 anos é o segunda pescador mais velho do Camaroeiro (o primeiro é o Bidico),mas é o mais idoso ainda em atividade, e é da mais tradicional família da música e da pesca na região. O pai dele, Chico Vitorino era mestre fabricante de canoa e mestre também na viola. O Tio Dele Antonio Espirito Santo pescava e toca rabeca e violino. O irmão mais novo do Dito do Chico, Antônio Cortez, o Baguinha é o maior mestre de canoa de Caraguatatuba na atualidade e um dos melhores do Litoral.
Outro irmão ( também tio de Edna), Anselmo 7 cordas, – recentemente falecido, foi o rei do choro e se casou com a Nenê, a filha do Tião Izidoro, que foi o maior festeiro de Caraguatatuba de todos os tempos. O casamento de Anselmo com a Nenê, foi o casamento da música com a festa, não podia ser melhor e ainda por cima uniu as duas famílias das mais tradicionais no Ipiranga.

Com todo esse rico curriculo e das tantas histórias que viu , ouviu e participou, Edna seguramente, poderia ter, de pronto, um título de doutora em história e em cultura caiçara. Mas ela quis mais. Foi estudar. Hoje ela formada em história e tem título de especialização.
Pra falar um pouco do muito que sabe, ele veio nesta quinta , 23/09 ao nosso do Facebook “Entre as Mulheres”. Fez tanto sucesso que até foi convidada a integrar o corpo de colaboradores da nossa radio Revista Cancioneiro. Então quem quiser saber mais sobre esse assunto assista essa entrevista, que teve com entrevistadores Pitágoras Bom Pastor, Dorcas Nascimento, Ana Maria Fernandes e Dadinho Fachini. Vale a pena assistir, compartilhar e guardar. Uma linda entrevista que resgata a tradição de Caraguatatuba.


Eu achei muito pertinente a entrevista com a Edna,bom para que conhece,é melhor ainda para quem como eu,convivi com pescadores, mas não conhecia os mistérios da pesca e ela na sua simpatia foi desfiando os dois da rede e mostrando como se faz; Fiquei muito satisfeita de saber da tradição do Camaroeiro. Parabéns 👏
Na minha vivência caiçara, filha de pescadores , agricultores e comerciantes, sempre tivemos respeito e carinho pelos pescadores da rica praia do Camarieiro. O que mais me chamava atenção na minha infância e adolescência é a pesca artesanal , quando iamos busvar os peixes que os pescadores nos davam. Parecia uma procissão de pessoas com balde e bacia na cabeça recolhendo os peixes que não seriam comercializados, nada se perdia, dividiam de bom coração com a comunidade caiçara. Outro momento que não me dsai da lembrança era quando o pescador teciam as redes de pesca na praia, eu sempre ficava ali com minhas irmãs,olhando querendo aprender. A praia do Camaroeiro há muitos anos é o.ponto de encontro da nossa família Nascimento. Família Buscapé Nascimento. Parabéns para a nossa historiadora Caiçara.