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Garota desaparecida em São Sebastião mostra descaso no enfretamento do trafico de pessoas

O editorial  da Proeira

Por Priscila Siqueira

Mais uma garota sumiu agora em São Sebastião…Foto dela nas redes sociais, família do Topo Varadouro desesperada com o desaparecimento da moça. Ela é maior de idade, sim. Mas tem parentes amigos que a amam e estão sem saber a quem recorrer. Se queixar com quem? Com o Bispo?!…

 Enquanto isso, o Governo Dória, faz uma enorme solenidade no Palácio dos Bandeirantes, comemorando a volta de 14 Comitês Interinstitucionais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, em todo Estado de São Paulo, inclusive o do litoral norte paulista.

Será que os senhores de nosso Governo Estadual poderiam nos dizer onde, quem, qual telefone ou e-mail, desse Comitê em nossa região? Temos novamente de pedir a uma deputada mulher para que consiga sensibilizar o Secretário Estadual de Justiça e Cidadania para que tome providências afim de resgatar essa menina, como aconteceu anteriormente com outra garota sumida em nossa região?

Chega de tanta mentira institucional e, por favor, mãos à obra na instalação efetiva de mecanismo que possamos recorrer quando uma desgraça como essa acontece.

Ninguém na sociedade está livre de passar por um sofrimento com esse.

Preferiria estar contando “causos “do passado que nos divertem e comovem ao lê-los. Mas não dá. É mito grande nossa indignação com o descaso dos poderosos com o destino dos mais pequeninos em nosso Brasil, tanto em nível federal como estadual. CHEGA!!!!

 

 

Priscila Dulce Daledone Siqueira é jornalista aposentada , escritora e ativista social e Proeira Mestra de redação e conteúdo da Rádio Revista Cancioneiro Caiçara Caiçara

Priscila Siqueira

Paranaense, nascida em 1939, Priscila Siqueira formou-se em jornalismo na antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Agora aposentada, trabalhou por muitos anos na Grande Imprensa nacional :Agência Folha de São Paulo, Agência Estado (jornais O Estado de S.Paulo, o extinto Jornal da Tarde e Rádio El Dourado) e no jornal Valeparaibano. Como jornalista teve a oportunidade de presenciar a expulsão dos caiçaras - o caboclo do litoral - de suas praias pela especulação imobiliária, decorrente a abertura da Rodovia BR 101, no seu trecho de Santos - Rio de Janeiro. Dessa experiência, surge seu primeiro livro “Genocídio dos Caiçaras“, em 1984. Jornalista especializada na questão ambiental, cobriu a Constituinte do Meio Ambiente de 88. Como ativista ambiental, foi uma das fundadoras da SOS Mata Atlântica, Movimento de Preservação de São Sebastião- MOPRESS e presidente da Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro. Em 1996, participou do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, na cidade de Estocolmo realizado pela rainha Sílvia da Suécia e a UNICEF- Nações Unidas para a Infância. Foi professora na antiga Escola Normal de São Sebastião, além de dar aulas no Centro Universitário Salesiano de São Paulo- UNISAL, e na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo- FESPSP, em cursos de pós graduação lato sensu, sobre a Violência à Mulher, Prostituição Feminina e Tráfico de Mulheres e de Meninas.

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2 Comentários

  1. Realmente é um descaso e muita mentira, muita politica, o que nos deixa revoltadas. Nenhuma família está livre desse crime que há anos enfrentamos, temos medo de ir a praia com nossos netos e filhos, ficamos apreensivos o tempo todo.

  2. Mais um caso,mais uma vez outra família aflita e sem resposta.Lamentavel que continuamos a ter medo,insegurança por nossas crianças expor nos mesmos.

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