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Genial baterista Enrique Plá “El Drums” dá entrevista exclusiva à Cancioneiro

 

Reportagem e texto Maritza Rodrigues

Tradução P. Medeiros

Entre  9 a 12 de maio passado aconteceu  em Cuba o ” Simposio Internacional Cubadisco 2023,”  desta vez  dedicado a varias  instituicões culturais que organizam os mais importantes eventos de música na Ilha, como O  aniversario de  45 anos  do “ Centro de Investigación y Desarrollo (desenvolvimento)  de la Música Cubana (Cidmuc),  as 2 décadas de “Producciones Colibrí e os  10 anos do Canal Clave, espaço de divulgação  de  televisão nacional que representam  nesse cenário aos homenageados. Nessa festa do disco em Cuba se fez a entrega a vários prêmios de honra, como foi o caso do maestro e  baterista  Enrique Plá, com quem mantivemos  mais que uma entrevista , uma gostosa  conversa.

Reportagem e texto Maritza Rodrigues

Tradução P. Medeiros

Entre  9 a 12 de maio passado aconteceu  em Cuba o ” Simposio Internacional Cubadisco 2023,”  desta vez  dedicado a varias  instituicões culturais que organizam os mais importantes eventos de música na Ilha, como O  aniversario de  45 anos  do “ Centro de Investigación y Desarrollo (desenvolvimento)  de la Música Cubana (Cidmuc),  as 2 décadas de “Producciones Colibrí e os  10 anos do Canal Clave, espaço de divulgação  de  televisão nacional que representam  nesse cenário aos homenageados. Nessa festa do disco em Cuba se fez a entrega a vários prêmios de honra, como foi o caso do maestro e  baterista  Enrique Plá, com quem mantivemos  mais que uma entrevista , uma gostosa  conversa.

 

Logo que nos  recebeu  em sua casa  lugar sagrado para ele onde guarda muitos “recuerdos, fotos y reconocimientos”  tanto a nível nacional como internacional, eu e o maestro da  percussão,  començamos a amena conversa   que ele iniciou com  um agradecimento ao evento, por haver sido escolhido para receber este premio e  a aos leitores da Cancioneiro Caiçara.

Maritza Rodrigues correspondente da Cancioneiro em Cuba, e o Baterista Enrique Plá

P: Maestro, bem vindo e muito obrigada  por concede a  entrevista !.

Enrique Plá (EP): Muito  grato  pelo   convite e primeiramente  uma saudação a todos aos seguidores e leitores  da Cancioneiro Caiçara no Brasil. Para mim é  um prazer imenso poder lhes saudar por esta midia, porque sou um fã da música brasileira e  pude estar em várias oportunidades no  Brasil com o Grupo Irakere, compartindo o cenário musical  com Ivan Lins e outros cantoros  de primeira linha donde compartimos aqui en Cuba hace muchos años quando vieram com Simone, vários  músicos da jazz band, ademais ao coincidir datas em turnês  pela  Europa e ficávamos nos  hoteis onde nos encontrávamos . Foi  sempre muto agradável os encontros com os amigos músicos  brasileiros.

P: Como você recebe  Enrique Plá este premio de Honra  nesta  fiesta del disco en Cuba, que ademais é uma coincidencia que tambem  esteja nominado com o disco  “el Caruso del son, en la categoría de música popular cubana homenaje al maestro Abelardo Barroso ?

EP:  Creio  que os brasileiros  mais velhos   já tenham ouvido e conheçam   a esse grande músico, Abelardo Barroso ( clique aqui para conhecer sua música), que foi  muito famoso. Inclusive quando eu visitei a África no ano de  1966, tive a oportunidade de ir a Guiné Bissau, em   Conacry , onde  me dei conta que ele ( El Caruso) era muito conhecido por lá , por  suas canções  e  a sua  música.

 

P: Este reconhecimento também é  pelo senhor estar completando  60 anos de vida artística, certo, maestro?

E.P: Sim,  são  60 anos tocando  a bateria  e a percussão  e trabalhando com diferentes músicos pianistas, trompetistas de nível altissimo. Tenho que dizer que neste disco  indicado para o   “El Cubadisco”, titulado el Caruso del Son, todos os músicos são de primeira linha, como Lázaro Hernández El Fino , Andrés Coayo nos timbales, Adel González (tumbadoras),  este seu aqui na  bateria e os demais maestros dos saxofones. Por outro lado,  contamos com a a presença de Maykel González no trompete, Janio Abreu (sax tenor), Roberto Falcón no piano, Orlando Valle Maraca, (flauta) e outros tantos  valiosos convidados de luxo que participaram..

Capa do Disco “El Caruso del Son que você pode ouvir aqui “

  • P. Este seu disco que  foi  indicado  na  categoria de música popular cubana, se considera um disco dançante ,  para os “bailadores”?
  • E.P: Sim é um disco que entra nessa categoria porque é  disco “bailável” com as cancões que o  Barroso popularizou em sua época, todas muito conhecidas por todos na radio cubana e pelo que vi por  rádios do mundo inteiro. Assim , os convido pra que quando tenham a oportunidade de adquiri-lo façam isso (link aqui pra adquirir o disco) ,  e não se vão  arrepender, Creio que vão  desfrutar sobretudo de uma grande quantidade de músicos tocando  música de ótima qualidade. E algo interessante é  que um de nossos convidados é Carlos el Hueso, que fez sua performance no ” del güiro” como nunca . Penso que a sua intervenção  foi muito boa.  Ele foi aluno  do grande maestro do el  güiro ( espeie de reco-reco)  em Cuba, o maestro Lazaga.
  • P: Fale sobre o repertório do disco? [
  • E.P: Orepertorio  não é nada mais que as músicas  que Abelardo popularizou em sua vida de cantante que são conhecidas  em todo o mundo,  Usamos 8 cantores no total, 4 homens e 4  mulhres e  se conformou dentro de ese conceito para que estivesse equitativamente misturada a música tradicional e a música de Abelardo Barroso por diferentes voces tantos femeninas como masculinas. Temas como “Descargando con Barroso”, de la autoría de Maraca; “Yo tá cansá”, de Julio Blanco y Marcelino Iglesias; “Bruca maniguá”, de Arsenio Rodríguez; “Como el arrullo de palmas”, de Ernesto Lecuona; “El guajiro de Cunagua”, de Juana María González; y “El panquelero”, “Para bailar no hay como mi son” y “En Guantánamo”, de Abelardo Barroso, integran el DVD, dirigido por Mayra María García,  filmado e gravado no  Museo Nacional de Bellas Artes en mayo de 2022.P: Qual  foi a a maior contribuição desse disco?EP: a maior contribuição sem dúvidas desse disco é que ele  mantem a “cubanidade”, mantém  os ritmos que se tocam  atualmente , mas com a concepção  rítmica dos  anos passados trazida para  a este preciso momento atual.  Como diria meu amigo e grande músico Giraldo Piloto, ouvimos a música de Barroso, seus arranjos e a pusemos um pouco mais para cá ( modernizada) . Também como lhe disse a pouco , outro elemento distintivo é  o músico que participa ( da gravação)   o  Hueso, que  trabalhou  com Emilio Morales e  estudou  com o professor de güiro Enrique Lazaga. O  Hueso ademais tem algo que acrescenta  muito , é que ele dança muito bem, e toca o rítmo do güiro e faz seus  passos de dança  e isso agrada muito, porque não  é um músico que fica parado. Ele da seu show, faz seus solos com Emilio, quando estão  juntos no palco  e se dá muito  bem, fazendo música cubana. O Hueso é um músico empírico , como diría Guillermo Barreto, o Hueso inventou sua sopa de alho.P: Qual foi sua experiência no Grupo Irakere?

    E: Quando se criou o  Irakere  eu estava no serviço militar, na banda de música da armada, com o (Arturo)  Sandoval.  Quando  eu dei baixa fomos  para o  grupo Los Barbas,  despois eu voltei ao Irakere e ao quinteto de jazz que era parte da Orquesta Cubana de Música Moderna  com Paquito, com Chucho Valdez, com Sandoval, Carlos Emilio e Carlos el Puerto.

    Eu vinha da Orquestra Cubana de Música Moderna, também fomos dos primeiros que fizemos parte  antes da orquestra que se chamava “Programa Seis”, que foi o primeiro que fiz . Quem  mais me  influenciou, foi o Oscar, porque Oscar dominava os instrumentos folclóricos e os instrumentos rítmicos cubanos como a Tumbadora, Bongó, timbales, e isso ajudou muito a conformar as diferentes combinações rítmáticas que se faziam no Irakere para que pudessem ” comparar e acolchoar” bem a forma de escrever do maestro Chucho e dos Maestro Paquito, Alturo Sandoval, Carlos del Puerto, os quais colaboraram com os seus arranjos. Em geral era um trabalho em que, naturalmente, a música era o mais importante e ele era o maestro que na época escrevia( os arranjos) . Era então um trabalho coletivo e individual deles e coletivo por parte de nós que os apoiávamos. Penso penso que ficará ( esse trabalho) para a história

  • https://www.youtube.com/watch?v=yy2GJLPTTuA

    P: Você pode compartir algumas de suas experiências vividas nessa época?

    E:   Tive a oportunidade de ,  ao estar na orquestra “Cubana de Música Moderna”,  participar de muitas sessões de gravação como acompanhar um dia a Silvio gravei com a orquestra de Pablo Milanés  22 anos e gravei com Elena Burke um tema de Juan Formell;  gravamos na EGREM, em São Miguel entre campanário e lealdade e antes tenho referência de Chucho, e de seu papai Bebo Valdez e de todos os grandes músicos que aqui gravavam.  Outros compositores mais antigos também gravavam aqui como Remberto Bécker o compositor da canção ” Me sinto enamorada” , que também foi muito famoso, (cantou Oscar de León).  Isso é o mesmo que acontece no Brasil , que se vão os compositores os músicos têm seu ambiente e quando sai algo , logo vão e gravam e isso é o que vale da música autóctone de cada país e é o que lhe dá a qualidade e representa a música popular mundial. Basicamente há três versões de Silvio nos Estados Unidos , aqui do caribe com Cuba, Porto Rico, Dominicana e da América do Sul com o Brasil e todas as outras músicas folclóricas dos países latino-americanos isso conforma uma personalidade que em minha opinião é imbatível.

    Para finaliza  quero  recomendar este disco como algo muito valioso não só para que ouvir , mas também para que dancem em  família,  como fazemos  os cubanos .  Não posso deixar de a agradecer  vocês amigos de Brasil  pela  oportunidade que me dão de entrar en suas casas com  minha história  e principalmente  a todos os músicos e instituição  que tem  colaborados para que este  sonho se faça  realidade. Muito obrigado a todos.

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Maritza Rodriguez

Jornalista e apresentadora no Instituto Cubano de Radio y Televisión Estudou na instituição de ensino Facultad de Comunicación Frequentou Facultad de Comunicación, Mora em Havana

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