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Sua bosta vale ouro. Saiba como fazer grana com seu cocô!

Quando era moleque no Tinga, em Caraguatatuba, ninguém gostava de usar banheiro. A delícia era cagar no mato.

O perigo era na hora de limpar, se  pegasse uma folha de urtiga….  Ardia  mais do que pascu, aquela brincadeira de mau gosto (bulimento ou buling em inglês) que a molecada praticava nos alojamentos esportivos, com pasta de dente.

Cagar fora da casinha era proibido

O prazer de cagar no mato era um prazer tão grande que nas escolas rurais tinha um cartaz no lado da lousa com um alerta desenhado que dizia algo como:

“não cague fora da casinha”.

Tinha até um xingo suave que a gente dirigia aos amigos quando nos irritavam um pouco:

” vai cagar no mato!

Era também uma ginástica perfeita pras pernas e otima pro intestino. Ninguém tinha hemorroidas, nem corpo duro naqueles tempos.

Ai veio o vaso sanitário e acabou com tudo. Hoje ninguém mais consegue ficar de coque e sofre pra caray no banheiro na hora de dar um cagão ( pobre  não  usava a expressão cocô, nem número 1. Era no modo bruto mesmo).

As plantas agradeciam. Taí uma razão a mais pro desmatamento talvez.

Agora descobri a importância da merda na vida da gente. Entre outras coisas é adubo de primeira. O famoso N-P-K caríssimo nas lojas de agricultura.

CAGAR DE CÓCORAS CURA HEMORROIDA E FORTALECE O CORPO

Hoje a medicina e a fisiologia confirmam: a posição de cócoras favorece o funcionamento intestinal, reduz esforço e previne problemas como constipação e hemorroidas. Alem do que é um exercício físico completo de alongamento e força.

NINGUÉM FAZIA COCÔ

Com o vaso sanitário, a humanidade desaprendeu a agachar. Passou a sofrer no banheiro — e passou também a desperdiçar nutrientes valiosos para adubação. Bosta não é sujeira, é ouro biológico.

O famoso NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), vendido nas lojas agrícolas por cerca de R$ 10,00 o quilo, sai todos os dias do corpo humano.

Treinando o  antigo esporte

A Embrapa pesquisa isso há décadas sob o nome técnico de biossólidos: resíduos orgânicos tratados, higienizados e seguros, capazes de devolver fertilidade ao solo, melhorar sua estrutura e reduzir a dependência de fertilizantes químicos importados.

Ensinando o neto, Augusto

Transformar resíduos humanos em adubo não é atraso civilizatório. Atraso é fingir que isso não existe enquanto se importam bilhões em fertilizantes.







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Pitagoras Bom Pastor

Pitágoras Bom Pastor de Medeiros, jornalista, advogado, pós graduado em jornalismo digital, apartidário, a favor do estado de bem estar social

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