Os recentes acidentes acontecidos , respectivamente no Pico do Marins, em Piquete -SP e na cidade Capitólio em Minas Gerais, levaram Rádio Revista Cancioneiro Caiçara a pesquisar sobre os riscos do ecoturismo na Região do Litoral Norte. Para isso entrevistamos a guia turística especializada , Flavia Bortolaia Miranda de 45 anos. Flávia é Educadora há 24 anos, Guia de Turismo Cadastra no Ministério do turismo, especializada em Atrativos Naturais e Culturais há 3 anos e tmbém é pos graduada em Educação Ambiental, Educação Especial (condução de pessoas com necessidades especiais), também curso de Bombeiro Civil e agente de viagens.
Ela concedeu uma entrevista ao programa “Entre as Mulheres que está disponível no facebook da Cancioneiro Caiçara no seguinte link: https://www.facebook.com/100066772245688/videos/669112961114694/ , onde expôs os riscos da prática de ecoturismo sem orientação. Flávia explicou sobre a formação de cabeças d’águas e tromba d”aguas nas cachoeiras; sobre correntes de retorno nas praias e sobre o fato de que NÃO SE DEVE FREQUENTAR COSTEIRAS , pois são áreas de extremo risco para acidentes fatais . Cachoeiras segundo ela só devem ser frequentadas de manhã. O PROGRAMA ENTRE AS MULHERES foi apresentado por Ana Maria Frenandes e Docas Nascimento . Assitam o vídeo nop seguinte link:
https://www.facebook.com/100066772245688/videos/669112961114694/
ENTREVISTA
Flávia também concedeu uma entrevista via whatsapp para nosso site cujo teor transcrevemos abaixo
P: Como está o turismo de aventura no litoral norte?
R: O Turismo tem retornado aos poucos. Nesta temporada a procura foi bastante intensa de pessoas em busca de atividades ao ar livre, como turismo de sol e praia, ecoturismo, turismo náutico e aventura. Como se fosse a hora de retomar o tempo perdido devido a tudo que passou e ainda temos passado relacionado ao confinamento COVID e GRIPES.
A busca pelo serviço de Guias de Turismo, também se mostrou bastante animadora, pelo fato de as pessoas, principalmente grupos familiares buscarem o acompanhamento do GUIA CREDENCIADO para garantir um passeio seguro para os seus.
2- Quais são os maiores riscos do Ecoturismo em Ubatuba e no Litoral Norte?
R:
Em Ubatuba e no Litoral norte, quando pensamos em turismo, todos os cantos precisam ser vistos com um olhar mais técnico de avaliação de riscos, afinal nos encontramos em uma “potência de elementos naturais”: mares, marés, costeiras, rios, cachoeiras, mangues, montanhas, fauna e flora geral. Para cada local acima o respeito deve ser INTRODUZIDO. Respeitar os ambientes naturais é de suma importância, não somente no quesito preservação, mas neste caso com referência a segurança do “Ser Humano visitante – Turista”.
A natureza é pura beleza, mas também é a maior potência, pois quando apresenta alterações no seu ambiente se torna uma máquina mortífera onde nenhuma tecnologia, por mais avançada que seja, consegue controlar e daí a necessidade do conhecimento sobre as questões Naturais que oferecem risco. Exemplo: Quais os melhores horários para visitar uma cachoeira? O que devo observar? Quais riscos ela oferece? Se algo ocorrer como devo proceder? O local oferece condições para contato com resgate? E assim vai. Para cada ambiente natural, muitas precauções. SEMPRE!
Dai a necessidade da contratação dos serviços de Guias de Turismo, que estudam e são treinados para manter pessoas seguras, garantindo o lazer e a apreciação.
P: Como o turista ou morador que gosta deve aventura deve se orientar para participar de um programa desse tipo?
R: Em primeiro lugar para cada atividade de aventura o operador precisa ser habilitado para isso. São operacionais específicos, com estudos direcionados, conhecimentos técnicos e após tudo a habilitação. Exemplo: Um operador de rapel que não tem formação institucionalizada junto aos orgãos responsáveis, não será alguém que você deva colocar como seguro para realizacão da atividade. Guias de Turismo Clandestinos, cobram mais barato, não estudaram e nem foram avaliados como aptos ou não para a execução dos roteiros.
Montanhistas sem formação e estudo aprofundado da dinâmica e logistica das montanhas.
P: Os locais de riscos estão bem sinalizados ?
R: É mais comum vermos as sinalizações em praias. Placas de perigo indicando correnteza, guarda vidas a postos. As cacheoiras tem pouca sinalização sobre os riscos de cabeça d’agua, quando possuem alguma, referem-se mais sobre risco de quedas e afogamentos.
Em trilhas (que devem ser feitas sempre com o acompanhamento de um profissional), não há nenhum sinalizador.
P: Fale sobre as cabeças d”agua
R: As cabeças d’agua sao fenômenos naturais que ocorrem nas cabeceiras das cachoieras devido ao fluxo de água – a carga de água vinda de uma chuva forte, por exemplo – , que sobrecarrega a cabeceira. A mesma estoura e vem com força e de uma vez só.
Por ocorrer na parte de cima das cachoeiras, os banhistas são pegos de surpresa , fato que impede, na maioria das vezes o tempo de fuga hábil.
As pessoas contam com os dias bonitos de sol e por isso não associam a riscos: se tem sol, esta tudo bem. E não é bem assim. É necessário verificação das condicões climáticas do dia tanto no local de banho , quanto das redondezas, incluindo cidades vizinhas que se conectam através de cursos dagua.
Os melhores horários e mais seguros para banho de cachoeira são no período da manhã, onde o calor ainda não gerou camadas de evaporacão fluídica que são responsáveis pela formação de nuvens de tempestade (trovoadas ou trombas dagua).
P: Obrigado Flavia. Você pode deixar seu contato de redes sociais?
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