A Crônica do diaPolitica e Meio Ambiente

Meu amor e Minhas lágrimas às Mulheres da Vila Baiana

Por Rosineia Garçon

 

Rosineia Garçon é professora da Rede Pública de São Sebastião-

A vocês, mulheres da Vila Baiana, dedico a mais profunda reflexão sobre o valor de suas vidas e a vida dos seus. Reflito sobre a determinação com que deixaram suas terras distantes e partiram em busca de terras melhores.

A vocês, mulheres da Vila Baiana, fundadoras da AMOVILA – amor à Vila – que com a garra de Dandara e as veias políticas de Marielle, desejavam transmitir aos seus a consciência ambiental, cultural e política tão necessária para o bem viver. Representadas na vitalidade de dona Ângela e tantas outras, buscaram as mais diferentes formas de conscientização e organização social para que a comunidade pudesse manter suas culturas e tradições, para que a Vila pudesse ser um pedacinho da Bahia, de Minas, do Piauí, do Paraná… Do Brasil. A vocês, deixo a minha solidariedade e admiração.

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A vocês, mulheres da Vila Baiana – lugar de múltiplos sotaques – que viram a Vila, sorrateiramente, silenciosamente, se transformar em Vila Sahy… Talvez para se aproximar da outra Sahy, a da Barra. E, quem sabe, se aproximando passaria a ter direitos. Não digo direitos aos privilégios burgueses, mas à equidade social, humana. E, se aproximando, talvez, tivesse outro destino. A vocês, mulheres empoderadas – no sentido mais freiriano da palavra – deixo o meu silêncio e o meu respeito.

A vocês, mulheres da Vila Baiana, que representam as mulheres de Brumadinho, de Mariana e tantas outras, que viram seus dias, noites e sonhos serem arrastados pela lama da desigualdade, do desrespeito e da dor… A vocês, nesse dia 08 de Março, deixo as minhas lagrimas e o meu amor.

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Foto de Capa de Camilo Terra

Vila Baina, ou Vila do Sahy destruida. Foto de Camilo Terra do Coletivo Caiçara de São Sebastião

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Rosenea Garçon

Rosineia Garçon é professora da rede pública de São Sebastião

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