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Caiçara procura mãe

Adotado e amado pela irmã do ex- Prefeito Lúcio Preto,  Edson Anastácio sonha encontrar família biológica em Caraguá.

 

Reportagem e texto: Pitágoras Bom Pastor

 

Edson Anastácio, o Madureira, aos 55 anos, hoje morador de Guararema, é um homem realizado profissional e pessoalmente. Ele tem uma família linda, com filhos e netos  aos quais ama e por eles é amado. Acertou também no casamento com Roseli de Morais, uma guararemense , com quem vive há 30 anos, mas não consegue ainda ser feliz. Uma questão vital o incomoda. Ele foi filho adotivo de um casal muito amoroso. Isabel, a mãe, que morreu quando ele tinha 5 anos  e José Maria Anastácio, pescador de Caraguatatuba, morto 14 anos depois,  o qual logo depois se casou com umatal Idalina e que tentou levá-lo para morar junto com ele, mas seus irmãos adotivos ~mais velhos Zezinho, Gunerindo e Neusa não permitiram, pois também o amavam muito. Isso fez com que ele fosse criado por suas tia adotivas  maternas, Carmélia e Salustiana ,  também irmãs  do ex-vice prefeito de Caraguatatuba  Lúcio Jacinto dos Santos,  cuja família ele considera como sua  e com todos ele compartilha amor. O que incomoda é que ele viu sua mãe uma só vez, quando ela tinha 5 anos e depois nunca mais soube dela. Sabe que seu nome era Lígia, ou Lídia. Descobrir a sua família biológica é o seu único real problema.  “Vocês não imaginam como doi esse vazio no peito. Meu desejo é encontrar meus irmãos e se Deus quiser, minha mãe, caso ainda viva. Quero saber da sua história para entender a minha, diz Edson com lágrimas nos olhos”.

Edson e a filha Isabeli-   na praia de Caraguatatuba há 20 anos
  • Roseli, a esposa, o amor da vida, com Isabeli

Apesar de tudo, uma hístória de amor

A história desse caiçara é acima de  tudo, uma história de amor. Ele nasceu em 11/11/1965 , na Santa Casa de Caraguatatuba tendo por obstetra o médico e ex-prefeito José Bourabeby. Sua mãe, Lidia , não tendo como ficar com ele naquele momento, o deixou, não sabe a que título, com sua mãe adotiva a amadíssima Isabel, com que viveu feliz por 5 anos, quando  ela morreu (Aliás o nome de sua filha Isabeli é feita com a soma das letras da mãe Isabé e da sogra Elisa, por isso Isab-eli-). Novamente órfão, ele foi criado pelas tias, Camélia e Salustiana de quem recebeu muito  amor e educação. Ele disse que não sabe porque foi deixado pela mãe natural com a adotiva. Só se lembra que sua mãe Lidia, ou Lígia apareceu na sua casa quando ele tinha 5 anos e teve briga séria com Isabel pedindo a sua devolução. Ambos o puxavam pelo braço dizendo “ele é meu , ele meu”. A mãe Lídia desistiu, mas esse fato o consola um pouco. Ele ficou certo que ambas as mães lhe amavam com a mesma intensidade. Por isso nunca teve a sensação de ter sido rejeitado, antes de ser muito amado por ambas, por seu Zé Maria, e por sua família materna. “Meu pai adotivo  era muito bom e carinhoso comigo, com era a mãe Isabel. Lembro dele com muitas saudades. Ele gostava de mascar fumo e beber vinho misturado com cachaça. Estava em Mogi quando vim para vê-lo, pela última vez,  no seu enterro” – diz Edson.

Ele se lembra que com sua mãe adotiva morou no Sumaré provavelmente nas proximidades da atual ,  rua Ari Barroso . Lembra se pouco dessa época. Ele tinha 5 anos. Depois ele foi morar  com a tia Salustiana,  na da Escola Avelar, ao lado do seu Nelson da Petrobrás. Ali cresceu e se desenvolveu. Trabalhou no comércio. Aos 17 anos mudou -se, pra buscar melhor  condição  de vida . Antes disso chegou  a ajudar  na campanha  do tio Lucio Preto, vice do Jair Nunes.

Em Caraguatatuba  deixou um filho  , Patrick , com quem tem ótimo  relacionamento. Ele trabalha  com toldos.

Patrick , o filho caiçara

Dadinho,  Arnaldo  Passos e Purissa conheceram sua família

A primeira  alternativa  de ajuda que  me veio á cabeça  , foi procurar caiçaras antigos. Rodoaldo  Fachini com que Edson falou, a meu pedido, disse que a Isabel  trabalhou na PENSAO de seu pai, na década de 40. Mas ele não sabia que ela tinha  adotado um filho.  Arnaldo  diz que lembra  da Salustiana  e Sebastião  Messias  lembrou do seu pai, adotivo, Ze Maria e disse que ele era relativamente  alto,  Branco e nunca  deixava de usar calças nem pra pescar. ” Ele chegou a morar no sitio  do pai do Dadinho com a esposa , ali no Guaxinduba, perto do rio. Eu fui várias  vezes á sua casa.”  Arnaldo  também  se lembra  da Salustiana.

Niltão e Giordano os inspiradores

Edson  gosta de pesca como seu pai, mas o esporte  que ele ama é voo livre. Assim que teve dinheiro  comprou um paraglider e começou  a voar. A inspiração foi de ter os pioneiros  de voo livre  na praia, especialmente  o Niltão  e Giordano  . Coincidentemente  os dois foram seus vizinhos  na infância . Niltão mora no Sumaré  e Giordano morou no Canta Galo. Hoje  são seus colegas  de voo, mas  não  sabiam da sua história  .

Ajuda

 

Ontem, 13 , ele participou de uma live no Facebook  pela cancioneiro, e  espera que com sua história  sendo divulgada , sua família  apareça. Ele sabe  que tem um irmão  pouco  mais novo que ele, chamado Francisco , o qual suspeita que more no Casa Branca.

Se alguém  tiver  alguma informação  sobre ele ,entre  em contato  com a Cancioneiro  Caiçara  comentando  no texto  ou pelo e mail radiocancioneirocaicara@gmail.com , Whatsapp 11  996308053.

Vamos ajudar  o Edson  então a encontrar  sua família?

Assista  a entrevista de Edson  no link:

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=134499928841740&id=100066772245688

 

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A Cancioneiro Caiçara tem o apoio cultural da Hidrel. Uma empresa genuinamente caiçara.

 

 

Pitagoras Bom Pastor

Pitágoras Bom Pastor de Medeiros, é formado em direito e pós graduado em jornalismo digital

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