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Bolsonarismo fez  São Paulo ficar pior que Cuba ou que Venezuela — com uma diferença grave

Por Pitágoras Bom Pastor Medeiros

São Paulo, a maior cidade do Brasil e o principal centro econômico do país, voltou a viver apagões, colapsos de serviços e caos urbano em pleno mês de dezembro. Falta luz, falta água, transporte para aeroportos travam, hospitais operam no limite e a população fica dias esperando por uma resposta que não vem.

E é preciso deixar algo muito claro desde o início, para evitar a gritaria ideológica de sempre: não estou falando da  verdadeira direita que houve no Brasil e governou com competência, embora sem visão social.

São Paulo teve muitos prefeitos de direita competentes

Falo de Prestes Maia, Faria Lima, Adhemar de Barros, Jânio Quadros ou mesmo Maluf — alguns deles da turma do “rouba, mas faz”.  Não olhavam o social, m as a cidade funcionava. Havia planejamento, engenharia, técnicos e noção de Estado.

O problema atual tem nome: bolsonarismo.


O bolsonarismo não governa. Ele ocupa.

O bolsonarismo não é direita liberal, nem conservadorismo clássico. É um amontoado de improviso, ignorância administrativa, ideologia vazia e desprezo pela gestão pública.

Governam fazendo live, falando besteira, brigando com fantasmas ideológicos e terceirizando responsabilidades. O resultado é visível: apagão recorrente, serviços precários e um Estado ausente.


Dezembro em Cuba: crise sob guerra híbrida e bloqueio

Cuba enfrenta crises energéticas graves em dezembro, muitas vezes associadas a furacões, frentes frias e tempestades típicas do Caribe. Mas há um dado central que não pode ser ignorado:

Cuba está sob bloqueio econômico dos Estados Unidos há mais de 60 anos.

Isso significa dificuldade real para importar combustível, comprar peças, acessar crédito e modernizar sua infraestrutura.

Quando furacões atingem a ilha, há apagões amplos, às vezes nacionais. Mas o Estado assume a crise, mobiliza defesa civil, prioriza hospitais, água e serviços essenciais e comunica claramente: bloqueio e guerra híbrida externa.


Dezembro na Venezuela: sanções, racionamento e pressão externa

A Venezuela também enfrenta dificuldades energéticas em dezembro, período de chuvas intensas e pressão sobre um sistema fortemente dependente da hidrelétrica de Guri.

O país vive sob sanções econômicas severas, que dificultam manutenção, financiamento e reposição de equipamentos. O resultado são racionamentos regionais, com cortes de várias horas por dia, especialmente fora da capital.

Mais uma vez, o contexto é claro: guerra híbrida externa, bloqueio financeiro e pressão geopolítica permanente.


Dezembro em São Paulo: sem bloqueio, sem guerra, com um orçamento bilionário

Agora vem o ponto central — e o mais constrangedor.

São Paulo não sofre bloqueio, não está sob sanções, não vive guerra externa.

Tem dinheiro, tem tecnologia, tem arrecadação recorde, tem universidades, engenheiros e capacidade técnica.

Mesmo assim, apaga.

Chuvas e ventos de verão — absolutamente previsíveis — derrubam uma rede frágil, mal mantida e mal fiscalizada. A concessionária privatizada lucra, investe pouco e responde mal.

O prefeito culpa a árvore. O governador defende o modelo. E ninguém assume o comando.

Aqui não há guerra híbrida externa. Há guerra híbrida interna, feita de privatização sem controle, Estado ausente e ideologia acima da gestão.


A diferença que desmonta o discurso

Cuba e Venezuela sofrem crises energéticas apesar do Estado, sob ataque externo.

São Paulo sofre crises energéticas por causa das escolhas do governo.

Lá, o Estado luta com o que tem. Aqui, o Estado se omite e chama isso de modernização.

Isso não é socialismo.
Isso não é Cuba.
Isso não é Venezuela.

Isso é bolsonarismo aplicado à gestão pública.


Direita civilizada x direita delirante

A direita clássica governava com técnicos, planejamento e pragmatismo.

O bolsonarismo governa com ressentimento, improviso e ignorância administrativa.

Por isso São Paulo apaga.

E é por isso que figuras como Ronaldo Caiado se destacam: não é de esquerda, não é progressista, mas governa. Mostra que o problema não é ideológico — é competência.


Conclusão

Cuba e Venezuela enfrentam apagões em dezembro sob guerra híbrida e bloqueio internacional.

São Paulo enfrenta apagões em dezembro por decisão política.

O apagão mais perigoso não é o elétrico.

É o apagão da inteligência no governo.

Para saber mais erros do governo tarcisio lei links

https://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2025/10/03/terras-de-sao-paulo-para-familias-trabalhadoras-nao-para-grileiros.htm

Pressão em escolas no governo Tarcísio leva dois professores e um diretor à morte; aluna de 14 anos tenta suicídio duas vezes

Pitagoras Bom Pastor

Pitágoras Bom Pastor de Medeiros, jornalista, advogado, pós graduado em jornalismo digital, apartidário, a favor do estado de bem estar social

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