Cantinho da Priscila Siqueira

Cadê as Mulheres? Presépios refletem masculinização das igrejas

Por Priscila Siqueira
Ilustração arte de Marisa Di Giaimo

Recebi de uma grande amiga/irmã, Célia Romano, jornalista e comadre – um texto sobre o presépio que abriu minha mente sobre algo que eu nunca tinha “tomado senso”, como diria minha sogra…

.Cadê as mulheres?!… Ao longo do tempo elas foram retiradas dessa representação do nascimento de uma criança que se dá graças a uma mulher?! Quando uma mulher dá a luz a uma cria, ela sempre está cercada de mulheres. No caso de Maria, nada…

Fiquei então pensando que não é à toa que outro Francisco, nosso Papa, afirmou na Comissão Teológica Internacional duras palavras em relação à nossa Igreja:

 “Masculinizaram a Igreja, mas ela é mulher, noiva e mãe como Maria. Se não soubermos o que é teologia da mulher nunca entenderemos o que é Igreja”.

Ele inclusive pediu ajuda aos outros homens que participavam do evento que o ajudassem nessa tarefa de“desmasculinizar” a Igreja.

Primas e primos, não só ao longo dos tempos, a Igreja foi masculinizada como a mulher retratada como um perigo tentador. É só vermos o que Santo  Agostinho, Tomás de Aquino, os líderes da Santa Inquisição e tantos outros, incluindo papas, declararam sobe a mulher.

Mas não faz mal! Seguimos em frente ainda mais que agora temos um Papa que enxerga o mundo de uma forma mais humana e – por que não dizer- cristã.

É isso aí, primaiada querida! Um 2024 cheio de Esperança, Amor, necessários para a luta por um mundo melhor!!!!

Feliz Ano Novo para toda HUMANIDADE!

 

Ilustração obra em Bic de Marisa Di Giaimo disponivel em https://www.facebook.com/artistamarisadigiaimo/

 

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O que aprendi do amor com as guaranis de S. Sebastião

Priscila Siqueira

Jornalista Priscila Siqueira, Ponta Grossa (PR), 08/07/1939. Formação: Universidade do Brasil (RJ). Atuou na Folha de São Paulo, Estadão, Jornal da Tarde, Rádio Eldorado e Valeparaibano. Destacou-se por denunciar a expulsão dos caiçaras com a abertura da BR-101, tema de seu livro “Genocídio dos Caiçaras” (1984). Especializou-se em questões ambientais, cobrindo a Constituinte de 1988. Foi fundadora da SOS Mata Atlântica, do MOPRESS e presidiu a Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro. Participou do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, em Estocolmo (1996), promovido pela UNICEF e pela rainha Sílvia da Suécia. Foi professora nas Escolas : Normal de São Sebastião, Universidade Salesiana, e de Pós graduação na Fundação Escola de Sociologia e Política de SP na área de Sociologia

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