Minha mãe não morreu. Virou eu.

POEMA DE CAUSAS DE CAUSOS E COISAS

Texto , poema e   foto de Pitágoras Bom Pastor

Este ano , depois de 61 anos bem vividos, porque  rodeado pelos carinhos , abraços e beijos de minha mãe, Maria Eulália de Medeiros -e protegido pelas suas rezas e mezinhas desde de sempre, afinal ela era a Maria Benzedeira do Tinga e da cidade de Caraguatatuba-,  é o primeiro dia das mães que passo sem minha mãe. Ela partiu, em 19 de junho de 2021, daqui da minha casa para o éter eterno.

Foi mas não foi. Ficou em mim, assim :   50 % de sua essência biológica. 70 %  de sua alma de artista e eu estou tentando recuperar um pouco do seu legado de mezinheira.  Benzimento acho que não consigo aprender, afinal não tenho a sua força nem a sua fé espiritual. Mas, 6 dias antes dela morrer, fiz um poema, que acho que serve para todos que já não tem mais mão aqui nesse mundão.  Creio que mãe não morre. Pelo menos enquanto tiver um descendente aqui para seguir seu legado, biológico, físico  e espiritual. A minha está aqui, dentro de mim e ela que me ajuda agora a escrever. Vamos ao poema, pois.

MINHA MÃE É EU ANTES DE MIM

Quando minha mãe morrer,

Eu juro não vou chorar,

Sou firme em acreditar,

Que por ela vou viver.

Quando minha mãe morrer,

Eu juro não vou sorrir,

Morrer é desexistir,

Das agruras do viver.

Sim, quando minha partir,

Eu sei que ela não se vai,

Pois de mim ela não sai,

Siga para onde seguir.

A minha mãe é eu em mim,

Somos só um mesmo ser,

Nos netos vamos viver,

Eternos no amor sem fim !

Pitagoras bom Pastor filho de Maria

06/06/2021

(Ela morreu dia 19/06/2021)

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