Guerra Israel-Irã: CESSAR-fogo frágil após 12 dias violentos
Saiba porque a guerra de 12 dias pode ter sido apenas uma trégua

Análise da Al Jazeera revela riscos persistentes e disputa narrativa entre as potências
Um frágil cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos tenta conter a primeira guerra direta entre Israel e Irã, que durou 12 dias e levou o Oriente Médio à beira de um conflito regional ampliado. Uma análise exclusiva da Al Jazeera, no entanto, revela que as raízes do conflito permanecem intocadas, enquanto Israel, Irã e os EUA disputam a narrativa sobre quem saiu vitorioso.
A Escalada que Abalou o Oriente Médio
O conflito eclodiu em 13 de junho, quando Israel atacou instalações nucleares iranianas em Natanz e Isfahan, alegando “legítima defesa” contra um programa atômico que classificou como “ameaça existencial”. O Irã retaliou com drones e mísseis contra Israel, enquanto os EUA entraram no conflito dias depois, bombardeando o complexo nuclear subterrâneo de Fordow – uma jogada que, segundo a Al Jazeera, “mudou o tabuleiro geopolítico”.
O auge da crise veio quando o Irã atingiu a base aérea americana Al Udeid, no Catar, levando a temores de uma guerra prolongada. Foi então que o presidente Donald Trump anunciou um cessar-fogo, declarando em suas redes sociais: “A Guerra de 12 Dias que poderia ter destruído o Oriente Médio acabou.”
A Batalha das Narrativas
Enquanto Trump se apresenta como o pacificador, a Al Jazeera aponta contradatradições:
Israel afirma ter enfraquecido o programa nuclear iraniano e provado sua capacidade de atacar alvos distantes.
– O Irã insiste que suas instalações nucleares essenciais permanecem intactas e promete “recuperação rápida”.
– A comunidade internaciternacional está dividida: alguns apoiam a ação israelense como preventiva, enquanto outros a veem como uma violação do direito internacional.
Ninguém admite derrota
Nenhum lado quer admitir derrota, mas nenhum pode afirmar vitória, analisa um correspondente da Al Jazeera em Beirute.
Riscos Imediatos e o Papel da Diplomacia
Apesar do cessar-fogo, a situação permanece volátil pelos seguintes mo tivos:
– Falta de verificação independente:
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ainda não confirmou a extensão dos danos às instalações nucleares iranianas.
– Tensões residuais: O ataque israelense pós-cessar-fogo a uma estação de radar perto de Teerã mostra que a desconfiança é mútua.
Europa tenta mediação:
Reino Unido, França e Alemanha buscam reabrir diálogo, mas o fracasso do acordo nuclear de 2015 (JCPOA) pesa sobre as negociações.
Conclusão: Paz Temporária, Ameaça Permanente
A Al Jazeera destaca que, sem um acordo duradouro sobre o programa nuclear iraniano e as tensões regionais, outro ciclo de violência é questão de tempo. Enquanto isso, civis no Oriente Médio seguem na linha de fogo de uma disputa que, nas palavras de um analista, “não começou em 12 dias e não terminará com um tweet de Trump”.
Gostei, muito bom