Eu vi e vivi o aquecimento global em Caraguatatuba, em 1980

Por Pitágoras Bom Pastor
Foto Giogione-62 Wiki Commons
Dia 14 de julho, dia da “Queda da Bastilha”, é sem dúvida um dos dias mais relevantes da história do movimento iluminista, que tirou o mundo da escuridão, trazendo a luz da ciência para iluminar a terra. Para marcar essa data e homenagear a Ciência, trouxemos, em nosso programa, Hora do Almoço, Ricardo Galvão, ex-presidente do INPE que foi considerado pela Revista Nature o mais relevante cientista do mundo no ano de 2019.
Galvão ficou marcado pela defesa que fez do INPE, injustamente atacado pelo presidente Messionaro , por divulgar dados reais sobre a destruição da Amazônia. Professor da Usp, ele tem falado da necessidade da preservação da Floresta Amazônica para diminuir os efeitos do aquecimento global. Estranhamente, a extrema direita capitaneada pelo déspota analfabeto, politizou essa questão e usa das fakes news para combater não só essa, como todas as demais verdades científicas.
Publicamos a matéria com o Galvão e lá me vem um seguidor abduzido pela seita obscurantista do bozo-analfabetismo, contestar as informações do renomado professor. Daí me pus a pensar : como responder à idiotia sem usar os argumentos científicos, que eles nunca vão entender. Então me veio à mente uma lembrança vivenciada por mim, – como ciclista em Caraguatatuba- que comprova na prática o aquecimento global . Sim, eu usei a bike até 1997, por necessidade e por opção de transporte pessoal. Só a deixei em 1997 quando comprei uma moto Dream. Carro só passei a usar em 2000.

UM AR CONDICONADO NA BEIRA DA SP 55
Em 1979 fui morar num sítio na Avenida Dario Leite Carrijo, no bairro do Jaraguá, em São Sebastião, situado a 15 km de Caraguatatuba. Todos os dias eu saía, de lá. às 6h30 e vinha para Caraguatatuba. Sol nas costas e dá lhe pau, na minha potente Barra Circular.
Na altura do Travessão, encontrava-me com outros ciclistas que faziam o mesmo trajeto. A maioria era pessoal da construção civil , ultra preparado físicamente. Ousado, eu os ultrapassava e vínhamos tirando ” racha na estrada”. A roupa chegava a ficar banhada de suor devido àquele calor terrível. Logo depois do morro do Algodão, havia um bosque de mata atlântica , do lado oposto à Fazenda Serramar. Era o hoje chamado ” Jardim Britânia”, que naquele tempo não fora ainda loteado. Ali bruscamente, em razão do bosque, a temperatura caía significativamente como se eu tivesse entrado em um sala com ar condicionado ligado no grau máximo. Se fosse verão, o suor até secava. Se fosse inverno, chegava a sentir frio.
Conclusão : se um pequeno bosque causa queda de temperatura na beira de uma rodovia, o que não é capaz de fazer o pulmão do mundo, que é a Selva Amazônica e também a nossa Mata Atlântica? O mesmo idiota que contesta o argumento de que desmatamento causa aumento de temperatura, quando está andando ao sol, para na sombra da primeira árvore que encontra , não é?
O triste é nesse século com tanto possibilidade de acesso à informação a gente ainda tenha que explicar pra um bando de malucos fanatizados por um idiota inútil que a terra não é plana!
(Veja no vídeo acima meu bate com Dadinho Fachini, no Hora da Noticia, onde comentamos esse e outros assuntos)
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