Aprendiz de Mãe Por Liv Soban

O AMOR MAIOR DO MUNDO É… TODO AMOR.
Por Liv Soban

Este texto não é nada fácil de escrever, mas é necessário. Se for mal interpretado, então, vira um portal para julgamentos ferrenhos, o que mostra a necessidade de falarmos sobre.
O que mais escutava enquanto grávida e ainda escuto é: “agora você verá o que é amor!” Ou “agora você conhecerá o verdadeiro amor”, “agora você entenderá o que é amor”.
Estas sentenças sempre me incomodaram demais. Sempre pensava: então tudo que eu amei até agora não foi amor?
Ouvi tanto esta história de único amor que comecei a sentir um peso já na relação que estava para nascer e, do outro lado, parecia que tudo vivido nos meus 42 anos foi em vão.
Estas palavras conseguem, sem querer, sentenciar a vida de todos. A da mãe, com o peso e a obrigação de amar como nunca antes vivido e a dos que não têm filhos, uma vez que, aparentemente, eles nunca provarão este sentimento. Peso de um lado e marginalização do outro… não sei para você, mas isto não me parece nada saudável.
Quantas mães que sofrem de depressão pós-parto e outras gravidades?
Você já parou para pensar em quantas mães que sofrem de depressão pós-parto e outras gravidades? Imagina como é difícil viver este amor maior sem conseguir nem saber bem o que sentir de si? A sociedade inteira cobrando dela este sentimento e ela não conseguindo nem respirar ou saber quem é.
E a tamanha frustração de quem tenta e não consegue ter filhos? Ou os que simplesmente não querem… ambos são expulsos do reino do amor porque simplesmente não são dignos de tal sentimento. Se a sua escolha é não ter filhos ou se você não conseguiu ter, já era, mermão, você não é digno de amor.
Pesado né? Também acho.
Quando os bebês nascem liberam toneladas de ocitocina , o hormônio da felicidade.
O cuidado e proteção dos bebês, dizem os cientistas mais radicais, são puramente a biologia e suas ferramentas atuando para um único objetivo: a perpetuação da espécie. Quando os bebês nascem, superdependentes, produzem e liberam toneladas de ocitocina que é o hormônio da felicidade. A mãe, por sua vez, produz dopamina que é o hormônio da satisfação. Nesta interação hormonal, o bebê está protegido – numa escala normal de temperatura, pressão e humanidade – de alguém machucá-lo e a mãe, por sua vez, fica hiperfeliz e satisfeita com a cada tarefa cotidiana que ela faz para o seu filho, querendo fazer sempre mais. Mais atividades, mais dopamina. Yay!
Ciência à parte, o pessoal de humanas já coloca que toda a relação inter-humana é baseada na construção de tudo, inclusive do amor. Que você, em qualquer relação, precisa de tempo para construir e entender como aquela troca com o outro se definirá.
Quanto mais amo, mais amor eu tenho para amar.
Desculpem-me pela falta de citação dos dizeres acima e falta de embasamento, mas já é difícil o suficiente escrever com um dedo no celular enquanto eu amamento com o outro braço. E independente de como pensam, a maravilha do amor para mim é que não há ranking. Todo mundo cabe. Não precisa tirar um para entrar outro. Não tem mais ou menos. Se ama. E ponto. O amor é expansivo, universal, curativo e grandioso. Eu amo minha filha, meu falecido Babbo, minha família, meus amigos… E quanto mais amo, mais amor eu tenho para amar.
E com o coração repleto de amor, gosto muito de lembrar que nenhuma relação é feita somente dele. Ele é uma parte muito importante, entretanto, de longe, é a única. Qualquer relação precisa de uma série de outros sentimentos e características como paciência, responsabilidade, comprometimento, sabedoria, resiliência, esforço, empatia, gentileza, para se tornar madura e em boa forma.
Amar não é comparar nem competir, é aceitar o outro sem diminuí-lo…
Você, sendo mãe ou não, pode cuidar de um amigo, proteger um vizinho, ensinar algo para seu irmão, para um crush… temos várias possibilidades de vivenciarmos todos estes sentimentos e não é só de um jeito pré-estabelecido que nos ditam há gerações. Eu conheço e tenho a sorte de ter amigas e amigos que não têm filhos e amam com tudo que podem. Amam para valer. E that’s beautiful.
Eu, Aprendiz de Mãe, quero uma relação leve com a minha pequena, a qual sou apaixonada, amo, cuido e protejo com toda a minha força. Mas quero que cresçamos juntas esta relação inteira, sem peso, ranço ou marginalizando experiência de ninguém. Amar não é comparar nem competir, é aceitar o outro sem diminuí-lo… E quero que minha filha aprenda que – caso ela não queira ter filho – todos podemos escolher nossas jornadas e todas serão válidas e dignas de amor. De todo amor.
* Liv Soban, 42, escritora, comunicóloga e, agora, aprendiz de mãe. É também autora do livro “O Encantador de Pessoas diponível em https://www.martinsfontespaulista.com.br/o-encantador-de-pessoas-945641/p?idsku=945641&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=&utm_content=&gclid=CjwKC
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Que lição de amor Liv! Belo texto, uma reflexão e tanta. Parabéns menina Liv, você é gigante no amor!
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