O BANCO DE JARDIM

A Crônica do dia
Por Sergio P. Souza
O sol estava queimando e na sombra, sem uma brisa soprando, a sensação era de
sufocamento. Procurei um lugar para sentar-me. Andando pelo terraço avistei no final o banco
encostado na parede do fundo. Caminhei até ele e sentei-me.
Levei um tremendo susto quando uma voz rouca disse: até que enfim. Incrível, a voz era do banco, que continuou falando:
-Esse tempo todo sofri calado, mas, chega. Vocês me compraram há mais de dez anos
e de inicio me colocaram no jardim, no gramado, embaixo das sombras das arvores. Foi um
tempo feliz: as pessoas sentavam, namoravam, viam o por do sol e se extasiavam. Um dia você
olhou para mim, chamou a sua esposa querida e disse:
-Este banco vai se estragar. Os pés são de ferro e o assento de ripas, logo estará enferrujado e a madeira apodrecida. Vamos coloca-lo no canto do terraço.
Isto faz quase dez anos e aqui nunca ninguém se sentou. A ferrugem tomou conta dos meus pés. Vejo a tremenda desigualdade de tratamento. Você manda passar produto contra ferrugem e pinta, todo ano, as grades do portão e os suportes dos lampiões do jardim. Peço o mesmo tratamento. Mas, o mais importante: depois do restabelecimento daminha dignidade, quero que você se ente com a sua amada para namorar. Sei que você está mais pra lá do que pra cá, mas, namorar num banco amigo como eu, fará toda a diferença.

Thank you for your sharing. I am worried that I lack creative ideas. It is your article that makes me full of hope. Thank you. But, I have a question, can you help me? https://www.binance.com/ru/register?ref=V3MG69RO