LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO
Professora aposentada, muito querida e conhecida em Guararema e Caraguatatuba, a escritora Vera Nardi, 85 anos, lança sua nova obra:
“A Cigarra Voltou a Cantar”.
📅 06/12 — Sábado, às 15h30
📍 Bistrô Zen – Shopping Centro Caraguatatuba
Amigo de Vera desde a década de 50, o poeta Silvio Rangel relembra como conheceu essa figura inesquecível.
VERA NARDI — ARTE, POESIA E RAÍZES CAIÇARAS
Vera é membra do grupo de Poesia e Arte Mutiranista Caiçara, formado por integrantes do extinto Fieira de Timbopeva, importante movimento de preservação cultural e artística do litoral norte.
Seu trabalho literário dialoga com essas raízes, misturando memória, simplicidade, espiritualidade e forte presença do cotidiano caiçara.
UM LEGADO NA EDUCAÇÃO E NA FORMAÇÃO DE LÍDERES
Natural de Caraguatatuba, Vera foi dar aula em Guararema, onde se aposentou.
Em Guararema, foi professora de matemática, e muitos de seus alunos se tornaram figuras públicas de grande destaque.
Entre eles:
André do Prado, atual presidente da ALESP
Márcio Alvino, deputado federal, ambos do PL
Na foto, Vera Nardi aparece ao lado do ex-prefeito de Guararema, Adriano Leite, que também foi seu aluno.

MEMÓRIA DA INFÂNCIA — A MOCOQUINHA DE ANTIGAMENTE
Não lembro exatamente o ano, talvez por volta de 1946 ou 1947, por aí. Vera morou na Mococa. Ali onde hoje é o loteamento Mar Verde era um imenso bananal. Por ser uma várzea formada por terras turfosas, prestava-se muito para o plantio de bananas.
Theotino, pai do Altamir, deu início nessa plantação, que continuou e foi ampliada quando a Fazenda Mococa passou para as mãos do Sr. Rebello Alves.

AS CASAS GEMINADAS E A VIZINHANÇA QUE VIROU HISTÓRIA
Foi nessa época que Olegário Nardi foi trabalhar lá. Indo de Caraguatatuba para Ubatuba, depois que se passa o Rio Mococa, tem uma curva para a direita, sobe, outra curva para a esquerda e, aí, do lado esquerdo da estrada — que, embora precária, já passava por ali — havia um conjunto de casas geminadas. Em uma morávamos nós; na outra, pegada à nossa, morava a família do Seu Olegário, pai da Vera.
Sua esposa, Dona Lili, uma senhora muito branca, falava pausadamente. Muito simpática, logo ganhou total confiança da minha saudosa mãe. Eu, com cinco para seis anos, lembro muito bem que em casa nada se fazia sem consultar Dona Lili.
Vera, com um pouco mais de idade, comandava as brincadeiras com o resto da criançada. Pena que durou pouco tempo essa época.
RECONTRO EM 1954 — A MENINA QUE SE TORNOU MOÇA
O tempo passou rápido. Vim ver Vera novamente em 1954, quando fiz o quarto ano primário no Grupo Escolar de Caraguatatuba. Eu, um pirralho cujo objetivo era somente estudar e jogar bola na “Rua do Pé de Varetas”, junto com Ademar Alcântara, Sílvio Ferreira, Percival e tantos outros. Vera, agora uma linda moça no auge dos seus 17, 18 anos — talvez, não tenho certeza…
VITÓRIAS, DOR E FÉ — A MULHER QUE SEGUE EM PÉ
O tempo passando inexoravelmente, agora vou encontrar Vera novamente. Uma senhora que passou por muitos percalços, tendo inclusive perdido um filho ainda pequeno, de forma trágica.
Hoje, Vera Nardi continua firme, acreditando naquilo que para ela foi e será sua meta: o amor e o perdão.
Parabéns, amiga Vera Nardi. Torcemos muito por você.
— Silvio Rangel
🎥 VÍDEO ESPECIAL
No vídeo acima, Marcus Ozores fala sobre a poesia de Vera Nardi e o impacto de sua obra.



