A ‘heroína’ bolsonarista que agora é CAÇADA no mundo inteiro!
Como ela virou criminosa internacional e por que mulheres assim sabotam a verdadeira representação feminina na política.

A cena inacreditável da deputada armada
Quando vemos o vídeo da deputada Carla Zambelli correndo pelas ruas de São Paulo empunhando um revólver, fica em nossa mente a pergunta: “Como ela não foi presa em flagrante?! Sua atitude poderia ferir ou mesmo matar uma pessoa que estivesse na rua… Qual seu direito de perseguir com arma nas mãos outra pessoa só porque suas ideias são diferentes das dela?”
Mesmo sem ter sido punida por essa atitude irresponsável e perigosa, essa deputada federal do PL – superligada ao ex-presidente Bolsonaro – já foi condenada e está foragida, procurada pela INTERPOL.
Que tipo de representação feminina queremos?
Nós, mulheres que lutamos por uma participação feminina mais efetiva na política nacional, nos perguntamos: “Vale a pena haver representantes mulheres no Parlamento Brasileiro como essa deputada federal?”
Cada vez mais fica claro para quem estuda o assunto que a agressiva competitividade existente em nossa história humana, característica do masculino, leva nossa sociedade a guerras, disputas por territórios e insensibilidade ao sofrimento alheio.
Darcy Ribeiro e o falso processo civilizatório
É o que Darcy Ribeiro – nosso famoso sociólogo já falecido – costumava denunciar: o “processo civilizatório” de nossa sociedade globalizada, baseado no lucro e não na pessoa humana. A competitividade é importante na construção de uma civilização, mas tem de ser dosada pela cooperação, cuidado e “maternagem”, características típicas do feminino.
Não interessa para a construção de um mundo mais democrático e harmônico a inserção de mulheres como, por exemplo, Margareth Thatcher, que foi primeira-ministra da Inglaterra e conhecida pela alcunha de “Dama de Ferro”. Ela foi considerada pelo então presidente Bush, dos Estados Unidos, “o macho vestido de saias mais macho que ele havia conhecido”.
Precisamos despertar o feminino na política
Machos insensíveis e toscos nós já temos aos montes em nosso Congresso Nacional. Precisamos que aflore em todos nós – políticos ou não – o feminino que existe até mesmo nos homens, para a construção de uma sociedade sensibilizada, por exemplo, pelo sofrimento de milhares de brasileiros que, neste inverno, passam fome e frio nas ruas de nossas cidades.
Se nós só temos a pífia representação de mulheres – cerca de 16% dos parlamentares –, quando representamos 52% dos votos em nosso país, não adianta para nós, democratas, “mulheres machos”. Devemos eleger, como representantes do povo brasileiro, mulheres e homens que tenham sensibilidade e compromisso com a construção de um Brasil mais justo, equânime e democrático.
Arre lá…