A OPINIÃO DA CANCIONEIRO CAIÇARACantinho da Priscila SiqueiraDestaques do Banner

Mudou o governo, mas agrotóxicos cancerígenos continuam liberados

  Sabemos que a equipe do presidente Lula encontrou um Brasil destroçado pelo Governo passado e que, em tão pouco tempo na Presidência da República, ainda não deu para solucionar a maioria de nossos problemas.

Porém, há um desafio a ser enfrentado que pede urgência: O uso dos agrotóxicos em nossa agricultura.

Com o título “Liberação de agrotóxicos no governo Lula segue ritmo da gestão Bolsonaro,”, a reportagem da Folha de S. Paulo, do dia 4 deste mês, mostra que no Brasil já foram feitos neste ano 231 registros de uso de novos agrotóxicos, dado que supera o total anual de qualquer outra gestão do PT.

Os que defendem o uso dos agrotóxicos, dizem que os mesmos já passaram por testes e que foram aprovados. Também defendem que seu uso faz a produção de alimentos ser maior e portanto, seus preços diminuiriam.

A liberação desses agrotóxicos se dá através de um decreto de Bolsonaro de 2021

A liberação desses agrotóxicos se dá através de um decreto de Bolsonaro de 2021, que acelera a liberação de produtos químicos. Entretanto alguns especialistas questionam seu uso, destacando que podem fazer mal à saúde e ao meio ambiente. Syngenta, BASF e UPL são as empresas estrangeiras que mais vendem agrotóxicos para o Brasil mas que são proibidos em outros países.

O deputado federal Nilton Tatto, PT/SP, defende que o debate dessa questão deva ser feita pelo governo, já que envolve questões ligadas à saúde da população, ao meio ambiente e à economia. ”Não vamos esquecer que parte desses agrotóxicos é fabricada mas proibida na União Europeia; uma hora isso pode gerar pressão contrária à compra de alimentos produzidos no Brasil” diz o deputado.

“A produção de alimentos no mundo aumentou mas também aumentaram  doenças ligadas ao uso de agrotóxicos”

Segundo especialistas, os agrotóxicos tiveram sua produção aumentada, após a Segunda Guerra Mundial-1939/1945. Terminada a guerra, havia um enorme estoque de hidrogênio, fosfato e outros elementos usados na convecção de bombas, como também de agrotóxicos. ( Veja link)

Esse estoque tinha de ser usado para que não desse prejuízo…

Se a produção de alimentos no mundo aumentou, não há dúvidas que doenças ligadas ao uso de agrotóxicos também. É o caso do as vítimas de câncer. Se faz mal para nós que ingerimos nos alimenta, imaginem o que não faz ao trabalhador que está em contato com ele.

(É interessante notar que produtos como o Aspartame, comprovadamente cancerígeno, ainda esteja sendo vendido em nosso País…)

Não seria a solução para a obtermos uma economia produtiva, um meio ambiente resguardado e a saúde dos brasileiros, o apoio total do atual governo na agricultura ecológica e sustentável como a que está sendo realizada pelo MST?!

Para o professor da Universidade de Indiana, EUA, Eduardo Brondízio, que faz parte da Academia Americana de Ciências, “só conseguiremos- em nível mundial- obter uma agricultura que alimente a população saudavelmente e não agrida o meio ambiente , quando os governos derem todo seu apoio ao pequeno produtor familiar”.

 

Priscila Siqueira

Paranaense, nascida em 1939, Priscila Siqueira formou-se em jornalismo na antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Agora aposentada, trabalhou por muitos anos na Grande Imprensa nacional :Agência Folha de São Paulo, Agência Estado (jornais O Estado de S.Paulo, o extinto Jornal da Tarde e Rádio El Dourado) e no jornal Valeparaibano. Como jornalista teve a oportunidade de presenciar a expulsão dos caiçaras - o caboclo do litoral - de suas praias pela especulação imobiliária, decorrente a abertura da Rodovia BR 101, no seu trecho de Santos - Rio de Janeiro. Dessa experiência, surge seu primeiro livro “Genocídio dos Caiçaras“, em 1984. Jornalista especializada na questão ambiental, cobriu a Constituinte do Meio Ambiente de 88. Como ativista ambiental, foi uma das fundadoras da SOS Mata Atlântica, Movimento de Preservação de São Sebastião- MOPRESS e presidente da Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro. Em 1996, participou do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, na cidade de Estocolmo realizado pela rainha Sílvia da Suécia e a UNICEF- Nações Unidas para a Infância. Foi professora na antiga Escola Normal de São Sebastião, além de dar aulas no Centro Universitário Salesiano de São Paulo- UNISAL, e na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo- FESPSP, em cursos de pós graduação lato sensu, sobre a Violência à Mulher, Prostituição Feminina e Tráfico de Mulheres e de Meninas.

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