Crônica de Priscila Siqueira
Essa é mais uma história contada pelo professor aposentado da Universidade de Indiana – Estados Unidos, Heitor Martins. Esse conhecedor profundo de Literaturas Portuguesa e Brasileira, natural de sua querida Belo Horizonte, antes de ser professor universitário, trabalhou em uma editora e conheceu pessoalmente Jorge Amado.
Na ocasião, o prestígio do escritor baiano não estava lá essas coisas… Um os seus livros, “Seara Vermelha” havia sido considerado por muitos, um panfleto ideológico sem nenhuma criatividade.
O escritor não havia encontrado nem um editor disposto a publicar seu novo livro “Gabriela , Cravo e Canela”. Jorge Amado, então, bancou a sua própria edição que foi um sucesso de vendas em todo o País.
Depois desse sucesso, levado ao cinema e a televisão como novela de alta audiência, o escritor se tornou disputado por várias editoras.
Segundo Heitor, Jorge Amado deu um conselho àqueles que quisessem lançar um livro: ele deve ter muitas páginas, isto é, um livro grosso; não muito barato para a venda e sua data de lançamento deve ser sempre em outubro, para dar tempo de ser lido , conhecido e comprado como presente de Natal.
Esse baiano sabia das coisas!!!!