Cantinho da Priscila Siqueira

As Dicas de Jorge Amado para novos escritores

Crônica de Priscila Siqueira

 Essa é mais uma história contada pelo professor aposentado da Universidade de Indiana – Estados Unidos, Heitor  Martins. Esse conhecedor profundo de Literaturas Portuguesa e Brasileira, natural de sua querida Belo Horizonte, antes de ser professor universitário, trabalhou em uma editora e conheceu pessoalmente Jorge Amado.

Na ocasião, o prestígio do escritor baiano não estava lá essas coisas… Um os seus livros, “Seara Vermelha” havia sido considerado por muitos, um panfleto ideológico sem nenhuma criatividade.

O escritor não havia encontrado nem um editor disposto a publicar seu novo livro “Gabriela , Cravo e Canela”. Jorge Amado, então, bancou a sua própria edição que foi um sucesso de vendas em todo o País.

Depois desse sucesso, levado ao cinema e a televisão como novela de alta audiência, o escritor se tornou disputado por várias editoras.

Segundo Heitor, Jorge Amado deu um conselho  àqueles que quisessem lançar um livro: ele deve ter muitas páginas, isto é, um livro grosso; não muito barato para a venda e sua data de lançamento deve ser sempre em outubro, para dar tempo de ser lido , conhecido e comprado como presente de Natal.

Esse baiano sabia das coisas!!!!

 

Priscila Siqueira

Paranaense, nascida em 1939, Priscila Siqueira formou-se em jornalismo na antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Agora aposentada, trabalhou por muitos anos na Grande Imprensa nacional :Agência Folha de São Paulo, Agência Estado (jornais O Estado de S.Paulo, o extinto Jornal da Tarde e Rádio El Dourado) e no jornal Valeparaibano. Como jornalista teve a oportunidade de presenciar a expulsão dos caiçaras - o caboclo do litoral - de suas praias pela especulação imobiliária, decorrente a abertura da Rodovia BR 101, no seu trecho de Santos - Rio de Janeiro. Dessa experiência, surge seu primeiro livro “Genocídio dos Caiçaras“, em 1984. Jornalista especializada na questão ambiental, cobriu a Constituinte do Meio Ambiente de 88. Como ativista ambiental, foi uma das fundadoras da SOS Mata Atlântica, Movimento de Preservação de São Sebastião- MOPRESS e presidente da Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro. Em 1996, participou do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, na cidade de Estocolmo realizado pela rainha Sílvia da Suécia e a UNICEF- Nações Unidas para a Infância. Foi professora na antiga Escola Normal de São Sebastião, além de dar aulas no Centro Universitário Salesiano de São Paulo- UNISAL, e na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo- FESPSP, em cursos de pós graduação lato sensu, sobre a Violência à Mulher, Prostituição Feminina e Tráfico de Mulheres e de Meninas.

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