“Corre, Pindá” – O humor no poder na política caiçara

Por Pitágoras Bom Pastor
Foto de capa: Arquivo Arino Sant’Ana de Barros de Caraguatatuba
Essa quem me contou foi o próprio ex-vereador de Caraguatatuba, Donizete Prado de Freitas, o Pindá (1988-a 1993).
Na eleição de 1988, humilde , mas muito ladino, o motorista da SUDELPA, – uma autarquia do governo paulista já extinta- , Donizete Prado de Freitas, o Pindá, resolveu se candidatar a vereador. pelo PDT, na chapa do candidato a prefeito José Bourabeby, um médico de origem libanesa que gostava de falar alto e apelar para o palavrão. Na época, o governador do Estado de São Paulo era Orestes Quércia, do PMDB, partido que era também do prefeito Jair Nunes. O PMDB tinha candidato Sidney Trombini.

No meio da campanha, Bourabeby, que era ´médico do Centro de Saúde, e portanto também funcionário do estado chamou Pindá para uma reunião e elevando a voz, lhe mandou o seguinte recado:-
– Pindá, Pindá, corre Pindá, corre atrás de voto. Nós dois somos candidatos do partido que é contra o governo e somos funcionários desse governo, Pindá! Se nós perdemos a eleição, eu… vou levar um desse tamanhozinho assim ! ( e separou as mãos uma da outra em uma distância bem curta). E continuou ameaçador:
– Mas você, Pindá, você vai levar um desse tamanhão ! ( abriu os braços longamente).

Assustado com a ameaça, Pindá correu atrás de voto e assim ambos conseguiram se eleger. Ele vereador e Bourabeby prefeito .

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Causos gostoso de ouvir e saber. O Pindá deve ter pulado miudinho pra ganhar a eleição.