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Recordações de uma jovem turista paulistana na Caraguatatuba dos anos dourados

Ilustração e Texto : Marisa Di Giaimo

 

É interessante como recordações nos fazem reviver…
Na minha adolescência eu morava no bairro do Vergueiro em São Paulo e estudava no colégio Paulistano, mas contava os dias para que chegassem as férias julinas e as de final de ano. Era quando eu irremediavelmente descia para Caraguatatuba. Vinha do ônibus, viagem ruim é demorada, mas valia a pena. Eu Vivia a gostosura adolescente!
A ansiedade da viagem, a vontade e rever os amigos da praia e participar dos torneios esportivos que se realizavam na praia, como as partidas de vôlei em que se destacavam os irmãos Fachinis ,-  especialmente o Dadinho e o Robertão- e assistir a prova natatória Ilhabela- Caraguatatuba, isso lá pelo final dos anos 50.

Os saraus com toques de violão no qual de destacava um lindo violonista que mais tarde descobrimos tinha outra profissão , pelo qual acabou preso em São José. Era ladrão. Mas era um ladrão bonito e galante que nos enganava a todas;

A saudades dos namoricos!

Ah! Os namoricos…

Eu Ficava na casa de meu tio Julio Petinatti que era corretor de imóveis, na Rua Altino Arantes ,onde hoje é a Di Giaimo Imóveis. adorava paquerar os rapazes da alfaiataria bem na frente da imobiliária. Era a alfaiataria dos Mendes de Souza.

Eram todos muito elegantes que vez e outra esticavam seus olhares para a imobiliária já que eu não tirava os olhos da janela deles. Todos eram lindos… Não sabia quem escolher!

De todos o que sobressaia para o meu gosto era o mais alto e que usava um paletó creme que devia ser de linho.

Sempre era assim, muito elegante! Nossa paquera era de exibição a distância entre as duas partes. Não tínhamos contato físico.

Eram muitos olhares, prazeresos e eram  sonhos que marcaram e muito a minha simples e meiga adolescência de uma ingênua turistinha paulistana. Em 1993 , finalmente mudei me pra Caraguatatuba , mas meu amor pela cidade é antigo e cada dia aumenta mais.

Marisa Di Giaimo é artista plástica e poeta fundadora do grupo Fieira de Timbopeva. É colaboradora da Radio Revista Cancioneiro Caiçara. Tem 76 anos e mora em Caraguatatuba

Pitagoras Bom Pastor

Pitágoras Bom Pastor de Medeiros, é formado em direito e pós graduado em jornalismo digital

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8 Comentários

  1. Que lindo ,Marisa fala de um tempo em que a inocência era tanta que até doi. Amor pela cidade que tem até hoje.muito bonito.

  2. Gostei das recordações, mãe!
    E sua foto está parecendo bastante a tia Tereza!
    Bjos, te amo e te amo muito nossa Caraguá!

  3. Obrigada Álvaro… É parte importante da minha história de vida…
    É a base de tudo para a minha mudança para cá!!

  4. Pois é meu querido Rodrigo!!!
    Foi a partir dessa época que passei a amar Caraguatatuba…
    É amor desde a adolescência… Já imaginou??? Quanto tempo não???
    Por isso me consideram “caiçara adotiva”…
    Quanto à tia Tereza… Quantas saudades!!!
    Que delícia me parecer com ela…
    Beijos. Também te amo!!!

  5. Que coisa boa Marisa, recordar essa fase tão boa da adoescência, agora nós duas somos amigas e já fomos a praia juntas, mais as paqueras sumiram…kkkk. E os meninos da nossa época já não jogam bola, mais a gente curte assim mesmo.muitas outras coisas que também nos dão prazer. Parabéns minha amiga pela dua linda história.

  6. É verdade Dorcas querida… Foi tão bom curtir “aquele final de semana!”
    Assim como curtir e relembrar fases da nossa adolescência…
    Ficaram um pouco distantes…
    Apenas 50 anos… Mas sempre atuais em nossas lembranças e emoções… Beijos.

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