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Diário do ano da peste

 

Sanatório Geral

 

Por  Marcus Ozores

 

Diário do ano da peste do dia 12 de agosto 2021.

Hoje é quinta feira dia 12 de agosto e continuo escondido na minha República Anarquista dos Tupinambás de Barequeçaba lançando meus torpedos do “Só a poesia nos Salvará”.
E hoje no teatro senatorial pudemos assistir a verdade ser a grande vítima. O líder do governo do capitão na Câmara Federal que foi acusado por seu colega misto de deputado e vendedor de carro nos EUA na Câmara Federal de ter ajudado uma empresa a vender vacinas para o governo. O líder do governo é nascido na mesma cidade que o Moro, lembram ainda dele? Aquele juiz, lembram que parecia um pavão misterioso. Pois bem, o engenheiro deputado que é ex-ministro da saúde , negou, negou, negou e continuou, continuou negando, negou tudo. E sabem de que me lembrei? foi de Maria Bethânia cantando Negue de autoria Adelino Moreira, em 1960. Aquela letra que diz: negue seu amor e seu carinho, diga que você já me esqueceu, pise machucando com jeitinho …. e segue o samba canção lamurioso.
Mas como a verdade não existe mesmo, pois, é fruto da construção humana de acordo com seus interesses no momento, o líder do capitão na Câmara Federal negou, negou, negou o vídeo onde seu acusador apontava o seu nome que foi dito pelo capitão em pessoa, ao vivo e a core. O sobrinho do capitão, ops, o líder do capitão insistiu em negar a declaração projetada na telona dada na mesma mesa e cadeira e microfone onde o líder do capitão se encontrava. Confusão na área, drible pra esquerda, prá direita, e quando o líder chuta a canela do beque o juiz apita e suspende o jogo. Vai ser marcada nova data mas agora o líder do capitão não será mais convidado, mas convocado daí….. sempre há um daí ….. vamos ver … quem chuta mais a gol.
Por isso lerei duas letras/poemas de dois músicos conhecidos que tem como tema o futebol. O primeiro poema é de Moraes Moreira

BRASIL, ZIL, ZIL

O povo é que tá dando olé
Bola de pé em pé
Onde ele tá eu tô
Na frente da TV se encanta
E na garganta
Um grito de gol,
A nossa equipe se completa
É campeã é tetra
É a seleção
Deus é um brasileiro nato
E o penta tá no papo
Tá na nossa mão
Basta a gente entrar em campo
Receber o santo
O santo de Mané
Reze pra que se revele
No pêlo e na pele
Um novo Pelé
Oh meu Brasil
Zil, zil, zil
Arrepia arrasa
Acende essa brasa
Brasil

Este samba, feito com Tavinho Paes para embalar a vitória do Brasil na copa do Mundo de 2002.
A segunda letra /poema é de autoria João Bosco / Aldir Blanc

 

GOL ANULADO

Quando você gritou: Mengo!
No segundo gol do Zico
Tirei sem pensar o cinto
E bati até cansar.

Três anos vivendo juntos
E eu sempre disse contente:
Minha preta é uma rainha
Porque não teme o batente
Se garante na cozinha
E ainda é Vasco doente.

Daquele gol até hoje
O meu rádio está desligado
Como se irradiasse
O silêncio do amor terminado.

Eu aprendi que a alegria
De quem está apaixonado
É como a falsa euforia
De um gol anulado.

 

Marcus Vinicius Pazini Ozores, é jornalista e mestre em Sociologia, pela Unicamp. Foi assessor de imprensa dessa mesma universidade onde continua como pesquisador . Trabalhou em grandes órgãos de mídia nacional> Aposentado, atualmente solta torpedos em versos de seu refúgio a praia de Baraqueçaba, em São Sebastião, onde reside.

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A Cancioneiro Caiçara tem o apoio cultural da Hidrel. Uma empresa genuinamente caiçara.

 

Pitagoras Bom Pastor

Pitágoras Bom Pastor de Medeiros, é formado em direito e pós graduado em jornalismo digital

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