GONÇALO PACHECO . O PIONEIRO NO TRANSPORTE PÚBLICO EM CARAGUATATUBA

Foto Arquivo Publico Muncipal de Caraguatatuba

Quando as Fazendas Reunidas Mococa, (esse era o nome), situadas no bairro Massaguaçu, em Caraguatatuba ,  eram produtoras de banana,  essa, era toda escoada pelo mar. Claro. Nem podia ser diferente.

Nesse tempo, nem se pensava em estradas de rodagem, entre Caraguatatuba e Ubatuba. Na Ponta das Galhetas, ainda existe por lá um resto de trapiche, Djalma Oliveira Barra Seca,  deve conhecer, que era o local, onde os chatões atracavam para serem embarcadas as bananas.

A Mococa, ali onde está situado o Condomínio Mar Verde, toda aquela área plana, por ser rodeada por morros, com o Rio Mococa, correndo um pouco à esquerda dessa várzea, era um terreno turfoso, com muito adubo natural.; Os cachos de banana nanica eram enormes. Enfim, era um terreno muito propício à plantação de bananas.

Assim, pra levar toda essa produção até o embarque, nas Galhetas, no canto da Praia da Tabatinga, foi construído uma linha férrea, com locomotiva e alguns vagões, que levavam os cachos de banana para embarque.Quem era o maquinista desse, digamos, guardadas as devidas proporções, trem de carga?

MEU TIO PACHECO

Natural de Santos, muito boa pinta, amigo de todos, logo se engraçou por uma linda loira caiçara, simpatia em pessoa, minha Tia Mariquinha, prima de meu pai, pois sua mãe era irmã de minha Vó Sebastiana Felicio de Oliveira , vó Tiana. Não podia ser diferente, casaram-se. Daí pra frente, todos conhecem a história.

Hoje, com muita alegria, tive o imenso prazer de contar um cuí de historia, como diz, com muita propriedade meu querido amigo Pedro Caetano Santos, do meu querido Tio, Gonçalo Pacheco. Colega de todos.

No sopé da encosta do morro, do lado esquerdo, de quem de Caraguatatuba, vai para Ubatuba, no trecho entre onde hoje está uma casa pintada de verde, (eu morei ali, depois que saí do Sertão do Poço Verde), em frente ao posto de atendimento do DER, até uma outra casa, mais em frente, no mesmo sentido, da Imobiliária Quadra  Pois bem, no sonpé dessa encosta é que passava a tal linha férrea. Pode ser que por ali ainda se achem alguns vestígios.

PACHECO, O PIONEIRO DO TRANSPORTE PÚBLICO EM CARAGUATATUBA 

texto Pitágoras Bom Pastor 

Gonçalo Pacheco, o tio do Silvio Rangel, sempre trabalhou com transportes. Na década de 1940 era proprietário do” Expresso Mandioca”, um caminhão tipo pau de arara que fazia transporte público de Caraguatatuba para outras cidades. Sehé Sato, pai do ex-prefeito de Ubatuba,  Delcio Sato, aprendeu com ele, na década de 50 a dirigir caminhões. Pacheco depois trabalhou como motorista de taxi até a década de 80, em Caraguatatuba

O DONO DA NASH E OS CAMINHONEIROS CAIÇARAS DE ANTIGAMENTE

Ainda sobre o Expresso Mandioca , diz Silvio Rangel De Oliveira Oliveira , que um deles era da marca NASH,  ” isso porque 
dono do Ilhote, aquela ilha que fica bem perto da Praia do Massaguaçu, Sr. Marcos, era dono tambem da  indústria montadora  dos caminhões “Nash” no Brasil , que ficava  São Bernardo do Campo-Sp. Isso  facilitou para os caiçaras , a compra de caminhões dessa marca. 

Assim, dois  moradores do Massaguacu , o  Hité Carlota e outra pessoa, não sei se Tio Pacheco ou Padrinho João do Ité, compraram dois caminhões dessa marca. Foi que o Sehé entrou na história. Sehé, na época , era um dos poucos que tinha, vamos dizer assim “intimidade” com a estrada. 

Um desses caminhões Nash teve a primasia de ser o segundo “Expresso Mandioca”. O primeiro, me parece que era um Chevrolet, que Tio Pacheco possuia antes. Aí esta um pouco da história do Expresso Mandioca” .

* Sílvio Rangel é poeta e memorialista caiçara, natural do Sertão do Poço Verde, na Mococa em Caraguatatuba, e criado em Ubatuba, onde teve grande destaque como jogador de futebol. Casado com Elenice Marreiro Rangel , tem 80 anos e está estreiando hoje como colunista da Radio Revista Cancioneiro Caiçara