Poema pra afastar o medo da Morte

Pita do Tinga o rei do besteirol em versos ou in-versos
Pita do Tinga hoje resolveu de novo e “ostra- veiz” dar uma escapadela até a reunião dos ex-alunos da Faculdade de filosofia e ética étilica do Mocó da Tia, extinta pela Lei de Segurança Nacional em 1977 por representar sérios riscos à “Democracia Relativa” que vivíamos no Regime Militar ( aliás quem se lembra da saudosa “Democracia Relativa” fantástica criação dos intelectuais do regime, chamado pela folha de dita-mole. Dita mole ou ditabranda, era a tal da nossa Democracia Relativa cujo teoria se aprendia nas aulas de E. M. Cívica).
Chegando em casa recebe um recado. Sua amiga, outrora assustada com uma suspeita de Covid descobriu que estava descovidada, Rfeletindo sobre o fato ele resolveu riscar esses maus traçados versos para consolá-la. O Tema é gente Ruim não Morre cedo? Veja quanta philosofia e calcule quantas ele tomou pra chegar nessa equação.
Gente Ruim não Morre Cedo?
Poema étilo-filosofista por: Pita do Tinga
Gente ruim não morre cedo
Diz um ditado já antigo
Por isso minha amiga e amigo
Não é preciso nem ter medo
Esse é um velho segredo
Desna dos tempos de Eve a Adão
E Se morrer a terra nega
Vira logo assombração
Corpo seco , curupira
Caiçara vira caipira
Rico vira pobretão
Por isso que a ruindade
Persiste tem tanto tempo
Sendo a vida sofrimento
A morte felicidade
O ruim de tudo clama
Xinga a chuva xinga a lama
Xinga no frio do inverno
Diz que o verão é inferno
Culpa a tudo o satanás
Faz fofoca, leva e traz
Nega esmola ao mendigo
Tira beúdo do abrigo
Coisa que nem “Cão” não faz
Mas tem gente boa, velha,
Pra equilíbrio da balança
Sendo exemplo de bonança
Sua bondade aconselha
Esse vive sossegado
Não reclama e nem dá pio
Gosta do sol e do frio
Vive num mundo encantado
O bom quando lá vai embora
Por Pedro São recebido
Num palacete de vidro
Com cachaça de Bacana
Tapioca com banana
Peixes, assado e cozido
Viola , samba e fandango
Pesca, jogo e diversão
Doce de “abobra” e mamão
Valsa , xaxado até tango
Carne de bode e de frango
Em um churrasco infinito
Feito c’uma carne Santa
Que se faz sem matar gado
Brota já do pé da planta
O bifinho acebolado
Ah, por falar em bifinho
Tem o milagroso vinho
Que Jesus fez no passado
Na festa de batizado
Feito direto da água
Guardada numa bissaca
Quem beber nunca naufraga
Na doideira ou na ressaca
Eu por isso digo amigos
Não temam a morte não
Cada qual que plante os trigos
Pela sua própria opção
Se não perder o juízo
” Podeis ” ir pro paraíso
Ou virar assombração
Pita do Tinga 20/09/2021
Homenagem á Dona D. Nascimento por seu exame negativo de covid e ao seu filho que inventou o primeiro teste de covid vegano do mundo e com o qual já havia testado a mãe, a semana passada ( peido de peixada – resultado instantâneo)
