Os Comunistas verde-amarelos e o STF

Diário do Fim do Mundo
Texto, vídeo e apresentação de Marcus Vinicius Ozores
Diário do Fim do Mundo, dia 02 de maio, do ano que promete azedar de 2022 e eu continuo firme aqui, lançando as minhas granadas contra a hipocrisia nacional com ‘Só a poesia nos Salvará’.
Ontem foi 1º de maio, Dia do Trabalhador, ou dia do Trabalho, pela ótica do patrão. Eu acompanhei todo processo, aqui da minha janela do meu apê, as movimentações no Pacaembu e na Paulista. Afinal moro na divisão política desses dois territórios.
Da minha janela, que dá para todas as janelas do mundo pude ver mais uma vez um divisor nas águas como o Solimões e o Negro, nos dois movimentos.
De um lado, vi bandeiras das grandes centrais sindicais defendendo valores reais como reposição real do salário, redução na inflação, denunciando o desemprego , contra uberização do trabalho no país e no mundo, em defesa da saúde pública em defesa de políticas públicas tão necessárias pra um pais onde hoje temos, hoje em dia, quase 3o milhões de pessoas na míséria, além é claro de boa música. Não tinha as multidões como as de antigamente, mas tinha um público razoável que acompanhou , da manhã à tarde shows e discursos. A massa trabalhadora anda mal de grana e sair de casa em dias feriados custa, no mínimo, mais 12 pilas, só de passagem, se o cara precisar pegar apenas uma condução. Além do mais a grande maioria desse pessoal está desempregado. Essa massa de gente que dá duro para viver, é chamado pelo capitão e seus amigos de comunistas .
Por outro lado, lá no alto do prédio da Fiesp, os seguidores do Capitão eram formados por blocos difusos de rostos, quase todos branquelos, afinal, essa gente que se une ideologicamente pela usurpação da cor verde amarelo para si e que gritam frases desconexas – e aqui vai um oxímoro precioso – ‘a favor do desrespeito às leis e a ordem pública’. Entre esses poucos protestadores, que gastaram sapato ontem na Paulista eu pergunto: o que vocês acham se alguém apregoasse a invasão das suas lojas e supermercados. Vocês concordariam? Ou iriam protestar e chamar tais pessoas de comunistas? Eu seria totalmente contra. Da mesma forma, sou totalmente contra quem prega a invasão do STF
Mutatis mutantis, a situação é a similar, isto é, os amigos do Capitão, incentivados pelo próprio, apregoam com megafones a invasão o prédio do STF. Ou seja, podemos concluir que o Capitão e seus apoiadores, de acordo com ótica deles mesmo, são os verdadeiros comunistas.
Por isso , nesses tempos em que surgem falsos profetas que surgem a todo instante nas mídias sociais, e embebedam com o veneno da mentira o espirito do povo, hoje fui buscar nos versos de Martin Niemöller, pastor luterano, nascido na cidade Lippstadt, na Vestefália, na Alemanha, no dia 14 de janeiro de 1892. Este Martin foi soldado na 1a Guerra Mundial, – comandante de um submarino- mas no fim abandonou a carreira militar após a guerra e foi estudar num seminário virando pastor luterano como seu. [
No inicio, em 33, com a campanha nacionalista pregada pelo Hitler, ele teve uma certa tendência e se iludiu durante um ano com Hiltle. Em 1934, um ano após a subida de Hitler Martin e outros pastores luteranos reuniram-se com Hitler e descobriram que a SS vigiava suas igrejas. Ai ele s caiu, se transformou em inimigo, de Hitler e foi preso várias vezes e a partir de 1937 , foi enviado para o campo de concentração de Dachau onde foi libertado pelos aliados. Lerei um pequeno trecho de um sermão de Martin Niemöller intitulado: Eu me calei, feito na década de 70. Esse trecho e conhecido no mundo inteiro, porque Martin foi presidente mundial das igrejas protestantes em Genebra.
EU ME CALEI
Martin Niemöller

“Quando os nazistas vieram buscar os comunistas,
eu fiquei em silêncio; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu fiquei em silêncio; eu não era um social-democrata.
Quando eles vieram buscar os sindicalistas,
eu não disse nada; eu não era um sindicalista.
Quando eles buscaram os judeus,
eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu.
Quando eles me vieram buscar,
já não havia ninguém que pudesse protestar.”

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