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Yanomamis são vítimas da política genocida de Bolsonaro

A Morte de uma Nação

Por Priscila Siqueira

Prisicila Siqueira é jornalista e escritora
Priscila Siqueira Mestra Proeira da Cancioneiro -Foto APMC

De quem são as fotos que estão horrorizando todo o mundo
mostrando uma população famélica, doente e desprezada como
a comparação de imagem do Cristo morto na Cruz com um
homem deitado em uma maca?! São fotos – nada mais, nada
menos – de indígenas brasileiros da Nação Yanomami, vítimas
de uma política genocida implantada no estado de Roraima
pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Não há dúvida: O “imbrochável” Bolsonaro, a ex-ministra de
Direitos Humanos – a tão religiosa Damares Alves, Ricardo
Salles, o ex-vice-presidente Mourão devem responder por mais
esse crime que ocorreu durante o tempo que estavam no Poder
Executivo em nosso País. Um escândalo de malvadeza e
desrespeito ao ser humano. Índio não é gente para eles?! É o
quê, então!?…

Mais de 20 pedidos de socorro por parte de ativistas e
indigenistas para salvar os Yanomami foram feitos ao Governo
Federal passado que foram totalmente ignorados.

No ano de 2022, 40% da população dos Yanomami se
contaminou por Covid. Foram 11.530 casos em 29 mil
habitantes. 570 crianças e adultos morreram nos últimos quatro
anos por conta da desnutrição, pneumonia, diarreias, Covid ou
malária. Se os indígenas brasileiros são tutelados pelo Estado,
este é responsável por seu bem-estar.

A imagem fala por si.

Os responsáveis por tal genocídio devem ser julgados por nossa
própria Legislação, como também devem ser levados para o

Tribunal de Haia que julga crimes desse teor ocorridos em todo
planeta.

Devastação ambiental e humana

Há quem diga que os indígenas passam fome porque pararam
de plantar. Esquecem tais pessoas que a devastação ambiental,
permitida no Governo Federal passado, acabou com a caça que
é parte da alimentação indígena. Esquecem que a mineração
ilegal permitida por Bolsonaro, poluiu e contaminou as águas
dos rios que davam peixe e água potável para eles. Esquecem
das doenças de “brancos” levadas pelos garimpeiros, doenças
às quais os indígenas são vulneráveis. A convivência do ser
humano branco com o indígena tem de levar em conta uma
série de regras para não contaminá-los;

A dura situação dos Yanomamiss. Fot Urihi-Associacao-Yanomami.
Crianças Yanomamis. Foto Urihi-Associacao-Yanomami.

Há pessoas escandalizadas com o uso dos aviões da FAB que
estão levando remédios e comida para os Yanomami. Uma ação
de civismo, empatia com o sofrimento do outro, de verdadeiro
patriotismo, escandaliza tais pessoas. Por que será?

Será que todas essas ações, violência dos garimpeiros em suas
terras, falta de atendimento de saúde, aceitação da mortandade
de tantos indígenas – principalmente crianças – não fazem parte
de um plano tenebroso que considera que o indígena atrapalha
o desenvolvimento capitalista na região amazônica? Ou que o
indígena tenha de ir mesmo é morar nas periferias e favelas das
cidades da região, para ser “reintegrado” socialmente?

Genocídio imperdoavel

Leitores e leitoras queridos…Quanta maldade, meu Deus ! Fico sem
entender como uma pessoa de bom coração e que até mesmo
se diz religiosa, pode passar indiferente a fatos como esse,
como a fome de milhares de brasileiros não indígenas, com a

morte de tantos nossos irmãos por Covid e ainda defender o
“imbrochável”. Um presidente do Brasil que grita para o
mundo que é bom de cama em plena comemoração cívica dos
200 anos de Independência de nossa Pátria…Vergonha para nós
brasileiras e brasileiros.

Genocídio

O Ministério da Justiça determinou à Polícia Federal a abertura
de um inquérito para apurar um possível crime de genocídio
dos Yanomami, em Roraima, que estão sofrendo fome em meio
do avanço do garimpo ilegal, fomentado pelo governo
Bolsonaro.

Primas e primos, fica uma última pergunta: Quando o Brasil
vai pedir aos Estados Unidos a extradição dessa criatura que
não teve qualquer escrúpulo em tentar exterminar uma Nação?!

 
Assistam o vídeo: PRISCILA SIQUEIRA FALA DA QUESTÃO INDIGENA NO PROGRAMA H.N. DE 23/01

A Autora

Prisicila Siqueira é jornalista e escritora

Priscila Siqueira é jornalista aposentada do Estão e é autora de 4 livros .

   Genocídio dos Caiçaras http://Genocídio dos Caiçaras | Amazon.com.brTrafico de Pessoas https://www.travessa.com.br/trafico-de-pessoas,  

Outra Face de Eva https://www.travessa.com.br/a-outra-face-de-eva-relacoes e o Sonho de Julieta, sobre a história do Hospital de São Sebastião, pode ser visto no link https://issuu.com/kapop/docs/siqueira__priscila_-_o_sonho_de_jul

Priscila Siqueira

Priscila Dulce Daledone Siqueira Nasceu Ponta Grossa, PR, em 1939. Cursou jornalismo UFRJ; Foi pioneira no jornalismo ambiental. É uma das fundadoras do Movimento de Preservação de São Sebastião e da Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro, além de ser uma das fundadoras da SOS Mata Atlântica. Foi professora da Escola Normal de São Sebastião

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5 Comentários

  1. está mais claro nessa reportagem que esta jornalista não tem profissionalismo.. ao invés de trazer o tema para um debate, aproveitou de um espaço para expor sua oposição ao ex-presidente que desmascarou toda a política do Brasil. Porque não trouxe dados de como era antes do governo da roubalheira para que pudesse haver uma comparação justa? isso não é uma matéria para quem se acha profissional, pois, a primeira coisa que deveria ter é a imparcialidade política, mas essa jornalista não está querendo expor os problemas indígenas que sempre existiram no meio deles e sim dizer que o ex-presidente foi o causados da covid. Uma pena essa pessoa que escreveu essa matéria não ter princípios e ética de profissão

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